
Deputada federal cobra do governo federal ações urgentes para evitar o isolamento aéreo de Corumbá e prejuízos ao turismo ecológico do Pantanal
Por Karol Peralta
A deputada federal Camila Jara (PT-MS) enviou uma solicitação ao Ministério dos Portos e Aeroportos em reação à possível suspensão total dos voos comerciais para Corumbá (MS), prevista para outubro. A medida, caso confirmada, afetará diretamente o acesso ao Pantanal, uma das regiões mais emblemáticas do Brasil e do mundo, reconhecida pela ONU por sua biodiversidade.
Desde maio, a empresa Azul Linhas Aéreas vem reduzindo gradativamente suas operações no município. Segundo a deputada, esse “apagão logístico” pode comprometer seriamente o turismo ecológico e o desenvolvimento econômico da região.
“O presidente Lula criou o Fundo Nacional da Aviação Civil justamente para apoiar o setor e evitar prejuízos aos passageiros. Corumbá não pode desaparecer da malha aérea. O impacto seria devastador para a economia local e para a valorização do Pantanal”, declarou Camila.
Localizada na fronteira com a Bolívia, Corumbá é considerada a principal porta de entrada para o Pantanal sul-mato-grossense. A cidade é referência em turismo de natureza, pesca esportiva e observação de fauna, atividades que atraem visitantes do Brasil e do exterior.
A ausência de voos comerciais pode desestimular esse fluxo, especialmente porque a alternativa mais próxima exige viagem terrestre de até 450 km. Para turistas que planejam com antecedência, a falta de conectividade significa cancelamento de pacotes, reservas e mudanças de destino.
Camila Jara alerta para uma possível “quebra em cadeia” na economia local:
“Corremos o risco de fechar pousadas, operadoras de turismo, bares e até perder empregos que sustentam famílias inteiras. A conectividade aérea é o que mantém o Pantanal competitivo frente a outros destinos.”
No documento enviado ao governo federal, a parlamentar solicita que o Ministério interceda junto às companhias aéreas para garantir a manutenção de voos para Corumbá, principalmente na alta temporada (março a setembro). Também propõe a inclusão da cidade em políticas públicas como o Plano de Aviação Regional e programas estaduais como o Decola MS.
Além disso, a deputada sugere que a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) estude formas de incentivo, subsídios ou redistribuição de rotas para garantir a presença contínua de Corumbá na malha aérea brasileira.
“O Pantanal é um patrimônio do Brasil e do mundo. Precisamos manter o acesso aéreo para que ele continue sendo conhecido, amado e protegido. Só se defende aquilo que se ama, e só se ama aquilo que se conhece”, concluiu Camila.