Grupo de vereadores vai acompanhar documentos, critérios e possíveis responsabilidades sobre investimento feito pelo instituto em banco que sofreu liquidação extrajudicial.

Por Karol Peralta
A Câmara Municipal de Campo Grande abriu, na sessão ordinária desta terça-feira (02), uma Comissão Especial de Acompanhamento e Fiscalização destinada a investigar as aplicações financeiras realizadas pelo Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG) no Banco Master, instituição que entrou em liquidação extrajudicial após denúncias de irregularidades e indícios de gestão fraudulenta.
A comissão foi criada por decisão do presidente da Casa, vereador Epaminondas Neto (Papy), e terá a participação da vereadora Luiza Ribeiro (PT), que vem cobrando há semanas mais transparência, documentação e prestação de contas sobre o uso dos recursos previdenciários dos servidores municipais.
Na sexta-feira (28), após requerimento de Luiza, representantes do IMPCG foram à Câmara explicar o caso. Durante a reunião, o diretor-presidente do instituto, Marcos Tabosa, afirmou que o órgão deve acionar a Justiça Federal ainda esta semana para tentar recuperar os valores aplicados — cerca de R$ 1,4 milhão, considerando juros que deveriam ter sido pagos.

Além de Luiza Ribeiro, integram a comissão os vereadores Maicon Nogueira, Professor Juari, Marquinhos Trad, Jean Ferreira, Beto Avelar, Wilson Lands, Herculano Borges e Neto Santos. O grupo atuará na análise técnica e política do caso, incluindo outras operações financeiras realizadas pelo IMPCG.
Os parlamentares solicitaram também toda a documentação que embasou a decisão de aplicar o recurso no Banco Master, mesmo diante de sinais públicos de risco. A direção do IMPCG se comprometeu a entregar o material até 10 de dezembro.
Para a vereadora Luiza Ribeiro, o acompanhamento rigoroso é essencial para proteger o patrimônio dos servidores.
“Estamos falando do dinheiro que assegura aposentadorias e o futuro dos trabalhadores da nossa cidade. A Câmara não pode fechar os olhos. Fiscalizar é nosso dever”, afirmou.
Ela reforçou que o grupo exigirá respostas completas e registros oficiais:
“Queremos documentos, não apenas explicações. A sociedade precisa saber como essa decisão foi tomada e o que será feito daqui para frente.”





