Brasil terá atos nacionais neste domingo em protesto contra o aumento dos feminicídios

Mobilizações em diversas capitais exigem justiça, segurança e o direito das mulheres a viver com liberdade

Por Karol Peralta

Mulheres de várias regiões do país realizam, neste domingo (7), uma série de manifestações contra o avanço dos casos de feminicídio e outras formas de violência contra a mulher. As mobilizações, organizadas por coletivos, movimentos sociais e organizações feministas, têm como objetivo romper o silêncio, cobrar justiça e afirmar que a sociedade não aceitará mais a impunidade. O lema escolhido para a mobilização é: “Basta de feminicídio. Queremos as mulheres vivas.”

Os atos acontecem após uma sequência de crimes brutais que chocaram o Brasil e reacenderam o debate sobre o enfrentamento à violência de gênero. Entre os casos recentes, está o assassinato da cabo do Exército Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, encontrada carbonizada em Brasília. O crime está sendo investigado como feminicídio após a confissão de um soldado de 21 anos, que segue preso no Batalhão da Polícia do Exército.

Outro caso que teve grande repercussão ocorreu no fim de novembro, quando Tainara Souza Santos teve as pernas mutiladas após ser atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro. O motorista foi preso por tentativa de feminicídio.

Na mesma semana, duas funcionárias do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-RJ) foram mortas a tiros por um servidor da instituição, que tirou a própria vida em seguida.

O cenário nacional reforça a urgência dos protestos. De acordo com o Mapa Nacional da Violência de Gênero, cerca de 3,7 milhões de mulheres sofreram um ou mais episódios de violência doméstica nos últimos 12 meses. Em 2024, 1.459 mulheres foram vítimas de feminicídio, o que representa uma média de quatro mortes por dia.

Já em 2025, o Ministério das Mulheres aponta que o Brasil registrou mais de 1.180 feminicídios e quase 3 mil atendimentos diários pelo Ligue 180, serviço nacional de denúncia e orientação.

Diante do aumento dos casos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta semana a formação de um grande movimento nacional contra a violência de gênero e cobrou dos próprios homens uma mudança de postura para enfrentar a cultura de violência que atravessa a sociedade.

Locais e horários das manifestações deste domingo (7)

  • São Paulo (SP): 14h — vão do Masp
  • Curitiba (PR): 10h — Praça João Cândido (Largo da Ordem)
  • Campo Grande (MS): 13h — Av. Afonso Pena (em frente ao Aquário do Pantanal)
  • Manaus (AM): 17h — Largo São Sebastião
  • Rio de Janeiro (RJ): 12h — Posto 5 – Copacabana
  • Belo Horizonte (MG): 11h — Praça Raul Soares
  • Brasília (DF) e Entorno: 10h — Feira da Torre de TV
  • São Luís (MA): 9h — Praça da Igreja do Carmo (Feirinha)
  • Teresina (PI): 17h — Praça Pedro II

As manifestações pretendem reforçar que o combate ao feminicídio não pode ser adiado e que políticas públicas efetivas precisam ser fortalecidas para garantir a vida das mulheres.

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