Pnad Contínua revela queda para 5,4%, avanço na formalização e maior rendimento médio já medido pelo IBGE desde 2012.
Por Karol Peralta
O Brasil atingiu no trimestre encerrado em outubro a menor taxa de desemprego da série histórica, chegando a 5,4%, segundo a Pnad Contínua divulgada nesta sexta-feira (28) pelo IBGE. O resultado representa mais um avanço do mercado de trabalho e vem acompanhado de recordes no número de trabalhadores formais e no rendimento médio do brasileiro.
A taxa de desocupação recuou em relação ao trimestre móvel anterior, quando estava em 5,6%, e também frente ao mesmo período de 2024, que registrava 6,2%. De acordo com o IBGE, o país mantém tendência de melhora consistente após os impactos da pandemia, que levaram o índice ao pico de 14,9% entre 2020 e 2021.
Outro destaque da pesquisa é o avanço da ocupação formal, com o contingente de trabalhadores com carteira assinada chegando a 39,182 milhões, o maior já registrado. Já o rendimento médio alcançou R$ 3.528, também o maior valor da série histórica iniciada em 2012, reforçando o movimento de recuperação do poder de compra.
A pesquisa também mostrou que o número de pessoas desocupadas caiu para 5,910 milhões, número considerado o menor da série e que representa diminuição de 11,8% em comparação ao mesmo trimestre de 2024, menos 788 mil pessoas em busca de emprego.
A Pnad Contínua avalia trabalhadores de 14 anos ou mais, considerando ocupações formais, informais, temporárias ou por conta própria. Pela metodologia, só é classificado como desempregado quem procurou trabalho nos 30 dias anteriores à entrevista.
Os dados foram divulgados um dia após o balanço do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, que apontou saldo positivo de 85,1 mil vagas formais em outubro. Nos últimos 12 meses, o país acumulou 1,35 milhão de novos postos com carteira assinada, reforçando o cenário de aquecimento no emprego formal.
