Pesquisa do IBGE mostra queda no desemprego e recorde de empregos com carteira assinada; população desocupada chega ao menor nível desde 2013

Por Karol Peralta
O Brasil mantém o menor nível de desemprego da série histórica, iniciada em 2012. No trimestre encerrado em agosto de 2025, a taxa de desocupação permaneceu em 5,6%, igual ao trimestre móvel encerrado em julho, e caiu um ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024, quando atingia 6,6%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo IBGE, e mostram que a população desocupada caiu para 6 milhões, o menor contingente já registrado na série.
Recordes e destaques do mercado de trabalho
O Novo Caged também reforça o bom momento do mercado de trabalho. Segundo os dados divulgados na segunda-feira, o Brasil gerou 1,5 milhão de empregos com carteira assinada nos oito primeiros meses de 2025, e 4,63 milhões desde janeiro de 2023.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou os números nas redes sociais:
“1,5 milhão de novos empregos com carteira assinada criados em 2025. Mais de 4,6 milhões desde janeiro de 2023. Taxa de desemprego na mínima histórica. Dados de uma economia que segue gerando oportunidades em todo o país.”
Ocupação e rendimento
O contingente de pessoas ocupadas chegou a 102,4 milhões no trimestre até agosto, com alta de 0,5% em relação ao trimestre anterior e de 1,8% frente ao mesmo período de 2024. O nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 58,1%, mantendo-se no patamar mais alto da série histórica.
O rendimento médio real habitual atingiu R$ 3.488, com estabilidade em relação ao trimestre anterior e alta de 3,3% na comparação anual. A massa de rendimento médio real chegou a R$ 352,6 bilhões, com crescimento de 5,4% em relação ao mesmo período de 2024.
Setores em destaque
A análise por grupamentos de atividade revelou aumento no número de empregados em:
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: +4,4% (mais 333 mil pessoas)
- Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais: +1,7% (mais 323 mil pessoas)
Houve redução em Serviços domésticos (-3%, menos 174 mil pessoas). Outros setores permaneceram estáveis. Em relação ao mesmo trimestre de 2024, houve aumento em Transporte, armazenagem e correio (+5,5%, mais 311 mil pessoas) e no setor público (+4,2%, mais 760 mil), enquanto Serviços domésticos caíram 3,2%.
Empregos com carteira assinada
O setor privado chegou a 52,6 milhões de empregados, um novo recorde. Entre eles, 39,1 milhões possuem carteira assinada, também recorde histórico, com alta de 3,3% no ano. Os empregados sem carteira somaram 13,5 milhões, estáveis no trimestre e recuando 3,3% em relação ao ano passado.
Sobre a PNAD Contínua
A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitorar a força de trabalho no Brasil. A pesquisa cobre 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal, com entrevistas realizadas por cerca de 2 mil entrevistadores integrados à rede do IBGE. A próxima divulgação de dados está prevista para 31 de outubro de 2025.





