Diretor do Instituto Taquari Vivo, Renato Roscoe, participa de painel internacional que discute soluções lideradas por agricultores para enfrentar as mudanças climáticas

Por Karol Peralta
O Brasil será destaque na COP30 com uma iniciativa que une ciência, campo e sustentabilidade. O diretor executivo do Instituto Taquari Vivo, Renato Roscoe, participa nesta terça-feira (11), às 18h30 (horário de Brasília), do painel “Restoring Land, Rebuilding Value: Farmer-Led Solutions for Climate, Soil, and Food Security”, organizado pela World Farmers’ Organisation (WFO) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e entidades internacionais.
O evento, realizado na Zona Azul da COP30, espaço oficial da Organização das Nações Unidas (ONU), reunirá representantes de diversos países para debater soluções sustentáveis conduzidas por agricultores. Roscoe será um dos painelistas da sessão “Farmers’ Stories on the Ground”, que destaca histórias e práticas bem-sucedidas na restauração de terras e na produção agropecuária de baixo carbono.
A participação do Instituto Taquari Vivo reforça o papel do Brasil como referência em agricultura sustentável, especialmente nas ações de conservação do solo e da água em áreas produtivas. No painel, Roscoe apresentará os resultados dos projetos desenvolvidos pelo Instituto no âmbito do Plano Estadual de Conservação do Solo e Água (PROSOLO), realizados em parceria com o Governo de Mato Grosso do Sul. As iniciativas têm ajudado produtores a reduzir processos erosivos, recuperar vegetação nativa e aumentar a produtividade sem ampliar a área de cultivo.

O engenheiro agrônomo também vai destacar experiências exitosas no estado, como o Programa Precoce MS, a Associação Novilho Precoce e o programa de assistência técnica e gerencial do SENAR-MS, exemplos de como políticas públicas e ações coordenadas de produtores podem resultar em ganhos econômicos e ambientais simultaneamente.
“A combinação entre políticas públicas e a ação dos produtores mostra que é possível conciliar produtividade, conservação ambiental e benefícios sociais”, afirma Roscoe. “Aumenta-se a produção e, ao mesmo tempo, reduzem-se as emissões e os impactos ambientais.”
Com projetos voltados à governança territorial, restauração de ecossistemas produtivos e integração de cadeias sustentáveis, o Instituto Taquari Vivo busca mostrar como o conhecimento técnico e a cooperação entre agricultores e pesquisadores podem ser decisivos para enfrentar as mudanças climáticas globais.
A presença brasileira no painel organizado pela WFO demonstra o potencial do país em liderar a transição para uma agropecuária de baixo carbono, com base em inovação, ciência e responsabilidade ambiental.




