Levantamento aponta saldo positivo em todos os setores da economia; Serviços e Indústria lideram criação de vagas, enquanto São Paulo, Minas Gerais e Paraná puxam geração de empregos no país.

Por Karol Peralta
O Brasil superou a marca de 1,5 milhão de novos empregos com carteira assinada nos oito primeiros meses de 2025. Entre janeiro e agosto, foram criados 1.501.930 vínculos formais, resultado que eleva o estoque total para 48,69 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o maior número já registrado no país.
Desde o início da atual gestão, em janeiro de 2023, o saldo acumulado é de 4,63 milhões de vagas formais, consolidando um cenário de expansão do mercado de trabalho.
Setores que mais contrataram
Os cinco grandes grupos de atividades econômicas registraram saldo positivo no período. O setor de Serviços liderou, com 773 mil vagas criadas, seguido pela Indústria, que somou mais de 273 mil empregos, especialmente na fabricação de produtos alimentícios, responsável por 51 mil vagas.
Também tiveram saldo positivo: Construção (194.545), Comércio (153.483) e Agropecuária (107.297).
Destaque por estados
Em números absolutos, São Paulo puxou a geração de empregos no acumulado do ano, com 436.729 novas vagas. Na sequência aparecem Minas Gerais (152.968) e Paraná (108.778).
No ranking relativo, os estados com maior variação foram: Amapá (+6,86%), Mato Grosso (+5,78%) e Piauí (+5,22%).
Resultados de agosto
Apenas em agosto, foram criados 147.358 novos postos de trabalho, resultado de 2.239.895 admissões contra 2.092.537 desligamentos. Houve saldos positivos em 25 das 27 unidades da federação.
Entre os destaques em números absolutos, estão São Paulo (45.450 vagas), Rio de Janeiro (16.128) e Pernambuco (12.692). Já em termos relativos, a liderança foi da Paraíba (+1,61%), seguida por Rio Grande do Norte (+0,98%) e Pernambuco (+0,82%).
Grupos de atividades em agosto
Quatro dos cinco grandes setores da economia criaram vagas no oitavo mês do ano:
- Serviços: 81.002 novas vagas (com destaque para educação, saúde, administração pública e defesa).
- Comércio: 32.612, puxado pelo varejo, que sozinho respondeu por 23.675 postos.
- Indústria: 19.098, com destaque para a fabricação de produtos alimentícios (11.319) e derivados de petróleo e biocombustíveis (2.032).
- Construção: 17.328, especialmente em construção de edifícios (7.001) e serviços especializados (5.255).
- Agropecuária: foi o único setor negativo, com queda de 2.665 vagas.
Perfil dos trabalhadores contratados
Em agosto, o saldo foi mais positivo para as mulheres, que ocuparam 77.560 vagas, contra 69.798 preenchidas por homens.
Entre os jovens, o destaque foi para a faixa etária de 18 a 24 anos, que conquistou 94.525 postos. Os adolescentes de até 17 anos, em sua maioria aprendizes, preencheram 33.710 vagas.
No recorte por escolaridade, pessoas com nível médio completo lideraram as contratações (96.442). Em seguida, vieram os trabalhadores com nível médio incompleto (24.087).
Na análise por raça, os pardos ocuparam a maioria das vagas (111 mil), seguidos pelos brancos (32.248) e pretos (21.648). Também foram registrados saldos positivos para indígenas (320), amarelos (162) e pessoas com deficiência (820).
Salário médio em alta
O salário médio real de admissão em agosto foi de R$ 2.295,01, representando um aumento de R$ 12,70 (+0,56%) em relação ao mês anterior.





