Ministro Ricardo Lewandowski defende integração de dados e criação de banco regional de informações para fortalecer ações contra crime organizado e tráfico de pessoas no Mercosul.

Por Karol Peralta
O governo brasileiro avançou nesta quinta-feira (13) em uma agenda de cooperação com os países do Mercosul para fortalecer o combate ao tráfico de pessoas e ao crime organizado. O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou que a integração entre os sistemas de informação das nações do bloco é essencial para impedir a expansão das facções que atuam além das fronteiras.
Lewandowski ressaltou que o projeto da Lei Antifacção, em discussão na Câmara dos Deputados, prevê a criação do Banco Nacional de Informações sobre o Crime Organizado, que reunirá dados estratégicos para identificar líderes, estruturas e movimentações das facções. Segundo ele, essa estrutura pode servir de base para uma integração ainda mais ampla entre os países da região.
“Eu tenho a certeza que essa comissão vai evoluir para criar um banco regional de dados sobre os criminosos, sobretudo sobre os faccionados, aqueles que são membros de organizações criminosas”, afirmou o ministro durante o encontro em Brasília.
“Integração é a chave”, dizem autoridades
O ministro do Interior do Paraguai, Enrique Escudero, reforçou que a integração é o ponto central no enfrentamento do crime transnacional. Em entrevista à Agência Brasil, ele avaliou que o intercâmbio de informações entre os países do Mercosul deverá ser ampliado e tornará o combate às facções mais eficiente.
“Mais do que enfrentá-los, precisamos ser mais criativos, mais rápidos, porque senão é uma luta assimétrica”, afirmou Escudero, que assumirá a presidência pró-tempore do grupo de ministros responsáveis pela segurança pública no bloco.
As autoridades destacam que as facções criminosas têm expandido sua atuação pela rota internacional do tráfico de pessoas, de armas e de drogas, o que exige maior coordenação entre os países envolvidos.





