
Missão brasileira visita Academia Chinesa de Ciências em Pequim para avançar em pesquisas sobre greening dos citros, soja e cana-de-açúcar
Por Karol Peralta
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reforçou nesta quinta-feira (15) os laços de cooperação com a China durante uma visita à Academia Chinesa de Ciências (CAS), em Pequim. A reunião teve como objetivo discutir avanços conjuntos em biotecnologia agrícola e desenvolver soluções para o enfrentamento de doenças como o greening, que afeta plantações de citros em todo o mundo.
🍊 Greening nos citros: uma ameaça global
Principal foco da cooperação, o greening – também conhecido como huanglongbing – é atualmente a doença mais destrutiva da citricultura. Sem cura conhecida, a praga se espalha rapidamente e compromete plantações inteiras. “Buscar soluções biotecnológicas ou por edição gênica pode representar um avanço fundamental para o controle da doença”, afirmou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, que lidera a missão brasileira.
🌱 Avanços na soja e na cana
Além dos citros, a parceria científica também mira no melhoramento genético da soja e no desenvolvimento de novas tecnologias para a cana-de-açúcar, setores estratégicos tanto para o Brasil quanto para a China. O intercâmbio de conhecimento entre os dois países tem potencial para modernizar os sistemas produtivos e aumentar a eficiência agrícola.
🔬 Ciência e inovação no campo
A CAS é a mais relevante instituição científica chinesa dedicada às ciências naturais, com 106 institutos de pesquisa, sendo cerca de 40 voltados ao agronegócio. Segundo o Mapa, o Brasil é o país latino-americano com maior nível de cooperação com a entidade, o que reforça o papel estratégico da aliança.
🌍 Parceria que impacta o mundo
“É importante explorarmos as possibilidades de cooperação nas mais diversas áreas de atuação econômica e técnica entre Brasil e China. O Pantanal, o Cerrado, a soja, a cana, todos esses sistemas exigem inovação científica para continuarem produtivos e sustentáveis”, destacou Goulart.
A reunião em Pequim é mais um passo no fortalecimento de uma parceria que alia inovação tecnológica, sustentabilidade e desenvolvimento econômico, com impacto direto na segurança alimentar global.