Brasil cria 1,7 milhão de empregos formais em 2025 e atinge recorde histórico de 48,9 milhões de trabalhadores com carteira assinada

Dados do Novo Caged mostram saldo positivo em todos os estados e setores da economia; setor de Serviços lidera geração de vagas, seguido por Indústria e Comércio

Por Karol Peralta

Em um novo sinal de crescimento da economia brasileira, o país alcançou o recorde de 1,7 milhão de empregos com carteira assinada nos primeiros nove meses de 2025, entre janeiro e setembro. O total de vínculos formais ativos chegou a 48,9 milhões, o maior número da série histórica, segundo dados do Novo Caged, divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Apenas em setembro, o saldo foi positivo em 213.002 postos formais, resultado de 2.292.492 admissões e 2.079.490 desligamentos. Todas as 27 unidades da Federação registraram saldo positivo, assim como os cinco grandes setores econômicos avaliados: Serviços, Indústria, Comércio, Construção e Agropecuária. O salário médio real de admissão foi de R$ 2.286,34.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou o desempenho do mês: “Nosso saldo de setembro talvez contrarie os especialistas do mercado, que projetaram no máximo 175 mil, e o número foi de 213 mil”, afirmou.

Serviços puxam geração de vagas

Entre os setores, o destaque ficou com o Serviços, responsável por 106.606 novos postos formais. Em seguida aparecem a Indústria (43.095), o Comércio (36.280), a Construção (23.855) e a Agropecuária (3.167).

No acumulado de 2025, todos os grupamentos mantêm saldo positivo. O Serviços lidera com 773.385 novos empregos, seguido de Indústria (273.231), Construção (194.545), Comércio (153.483) e Agropecuária (107.297).

Jovens e pessoas com ensino médio lideram contratações

Os jovens de 18 a 24 anos foram o principal grupo contratado, com 110.953 novos postos apenas em setembro. Em seguida, vêm os adolescentes de até 17 anos, com 31.105 vagas, representando juntos 67% dos novos empregos.

Quanto à escolaridade, a maior parte das contratações ocorreu entre pessoas com ensino médio completo (142.789), seguidas por aquelas com médio incompleto (28.606).

No recorte por raça, os pardos lideraram a ocupação de vagas (156.079), seguidos por brancos (51.719) e pretos (28.521).

Regiões e estados em destaque

Entre os estados, São Paulo foi o maior gerador de empregos formais, com 49.052 novas vagas em setembro, seguido por Rio de Janeiro (16.009) e Pernambuco (15.602). Em termos proporcionais, os maiores crescimentos ocorreram em Alagoas (+3%), Sergipe (+1,7%) e Paraíba (+1,1%).

No acumulado do ano, São Paulo soma 485.726 novas vagas, seguido por Minas Gerais (164.634) e Paraná (121.291).

Por região, o Sudeste foi o maior destaque de setembro, com 80.639 empregos criados, seguido por Nordeste (72.347), Sul (27.302), Norte (18.151) e Centro-Oeste (14.569).

Emprego formal em alta reflete economia mais estável

O desempenho do mercado de trabalho reforça o cenário de recuperação econômica e confiança do setor produtivo. Com crescimento constante desde 2023, o Brasil mantém tendência de expansão das contratações, sobretudo em atividades ligadas a serviços, tecnologia e indústria de transformação.

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