Ministra da Ciência e Tecnologia aponta aumento histórico no número de bolsistas do CNPq, criação de programas de formação em inteligência artificial e avanços na vacina brasileira contra a Covid-19.

Por Karol Peralta
Durante participação no programa “Bom Dia, Ministra”, nesta quinta-feira (16), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou os recentes avanços do governo federal na valorização da pesquisa científica, no incentivo à formação de profissionais qualificados e no fortalecimento da inovação tecnológica no Brasil.
Segundo a ministra, o CNPq atingiu um número histórico de 91 mil bolsistas ativos, frente aos pouco mais de 50 mil registrados no início da atual gestão. “Esse crescimento representa o compromisso do governo com a ciência, a educação e o futuro do país”, afirmou.
Nesta semana, o CNPq lançou um edital de R$ 587 milhões voltado às bolsas de Produtividade em Pesquisa, Produtividade em Pesquisa Sênior e Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora, com 5.762 vagas disponíveis e inscrições abertas até 20 de janeiro de 2026.
Programa Conhecimento Brasil e repatriação de cientistas
Outro ponto de destaque da entrevista foi o Programa Conhecimento Brasil, iniciativa que busca repatriar pesquisadores brasileiros que atuavam no exterior. “Estamos trazendo mais de 300 doutores formados nas melhores universidades do mundo. É um programa pioneiro, que combate a evasão de talentos e reforça a inteligência científica nacional”, afirmou Luciana Santos.
Vacina 100% nacional e autonomia científica
A ministra comemorou ainda o avanço da primeira vacina 100% brasileira contra a Covid-19, chamada SpiN-TEC, desenvolvida em Minas Gerais com R$ 140 milhões de investimento do MCTI. “É um orgulho nacional. A vacina é totalmente desenvolvida com tecnologia e insumos brasileiros, e já está na fase final de validação junto à Anvisa”, declarou.
Para Luciana, o feito representa a autonomia científica do país e reforça a importância da ciência pública:
“A vacina veio para garantir que pudéssemos vencer um vírus de alta letalidade. Precisamos, mais do que nunca, defender a vacina e o conhecimento científico.”
Inteligência Artificial e formação digital
A ministra também abordou o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, que prevê a formação massiva de profissionais em áreas estratégicas como segurança cibernética, desenvolvimento de software e tecnologia da informação.
“Já formamos 35 mil pessoas em cursos de hacker do bem, front-end e back-end. É um esforço para preparar o Brasil para o futuro digital”, disse.
Programas como o Bolsa Futuro Digital e o Residência em TIC ampliam as oportunidades para jovens do ensino médio ingressarem em carreiras tecnológicas promissoras, estimulando a inovação e o desenvolvimento econômico. “Estamos criando condições para que a inteligência brasileira floresça aqui, com oportunidades e emprego de qualidade”, completou.
Ciência como base do futuro
As declarações de Luciana Santos reforçam a estratégia do governo de priorizar pesquisa, inovação e tecnologia como pilares do desenvolvimento nacional. O aumento das bolsas, o incentivo à formação tecnológica e o avanço de uma vacina 100% nacional demonstram o esforço para consolidar o Brasil como protagonista científico no cenário global.





