País centro-americano libera entrada da proteína brasileira e reforça expansão das exportações do agronegócio

Por Karol Peralta
O Brasil recebeu autorização das autoridades sanitárias da Guatemala para exportar carne bovina, ampliando para 500 os novos mercados abertos desde 2023. A liberação ocorre em meio ao forte desempenho das exportações, que somaram mais de US$ 14 bilhões em 2025.
Guatemala autoriza importação de carne bovina brasileira
As autoridades sanitárias da Guatemala aprovaram a entrada da carne bovina brasileira e de seus derivados no país, marcando mais um avanço na agenda comercial do Brasil. O resultado eleva para 500 os mercados abertos desde o início de 2023, período de expansão da diplomacia econômica e do setor de proteínas animais.
A autorização ocorre em um momento de crescimento contínuo das exportações. Em 2024, o Brasil embarcou mais de US$ 12 bilhões em carne bovina — cerca de 2,8 milhões de toneladas destinadas a mais de 150 destinos. Em 2025, o ritmo segue acelerado: até outubro, as exportações já superaram US$ 14 bilhões, mantendo o país como maior exportador mundial.

Expansão do comércio reforça confiança no sistema sanitário brasileiro
A abertura da Guatemala foi celebrada pelo governo como reflexo da credibilidade internacional do padrão sanitário brasileiro e da retomada das relações comerciais. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, a ampliação do acesso a novos mercados fortalece a renda no campo e gera mais oportunidades para produtores, sem comprometer o abastecimento interno.

Guatemala amplia importações e se consolida como mercado estratégico
Com população de aproximadamente 18 milhões de habitantes, a Guatemala importou mais de US$ 192 milhões em produtos agropecuários brasileiros entre janeiro e outubro de 2025, com destaque para os cereais.
O país também tem aumentado significativamente a demanda por carne bovina: em 2024, a importação chegou a US$ 155,6 milhões, o equivalente a 8,6% do consumo interno, representando crescimento de 122% em relação a anos anteriores.
O mercado guatemalteco apresenta forte consumo de cortes congelados, que representam mais de 70% das importações — um segmento em que o Brasil tem grande competitividade.
Novas oportunidades para os dois países
A liberação cria um cenário favorável para a ampliação das vendas brasileiras, ao mesmo tempo em que contribui para maior estabilidade de oferta ao mercado guatemalteco. A chegada da proteína brasileira fortalece a segurança alimentar no país parceiro e amplia o acesso a proteínas de qualidade para a indústria e consumidores locais.
O avanço integra os esforços conjuntos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), responsáveis pela condução das negociações internacionais e fortalecimento da agenda comercial.





