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Bolsonaro chama tornozeleira eletrônica de “suprema humilhação” e nega plano de fuga

Ex-presidente critica medidas cautelares impostas pelo STF, nega tentativa de asilo e afirma que processo do golpe é “político”

Por Karol Peralta

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (17) que a instalação de uma tornozeleira eletrônica em seu tornozelo, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), representa uma “suprema humilhação”. A declaração foi dada após ele comparecer à Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, onde o equipamento foi instalado.

Ao sair do local, Bolsonaro desceu do carro e falou brevemente com jornalistas. Ele afirmou que nunca considerou deixar o Brasil ou buscar asilo em embaixadas. “Sair do país é a coisa mais fácil que tem”, disse. A fala responde a uma das justificativas do ministro Alexandre de Moraes para impor as medidas cautelares: o suposto risco de fuga do ex-presidente.

Em fevereiro de 2024, o passaporte de Bolsonaro foi apreendido, no contexto das investigações que o apontam como líder de uma tentativa de golpe de Estado. Segundo Moraes, a medida seria necessária para impedir possíveis articulações ou evasão de responsabilidade por parte do ex-mandatário.

“A suspeita [de fuga] é um exagero”, afirmou Bolsonaro. “O inquérito do golpe é um inquérito político, nada de concreto existe ali”, completou. Para ele, o objetivo da decisão é “a suprema humilhação”.

Questionado sobre as apreensões realizadas pela Polícia Federal em sua casa, Bolsonaro comentou a descoberta de US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie. “Sempre guardei dólar em casa. Posso comprovar a origem de todo o dinheiro”, declarou. Sobre um pen drive encontrado em um banheiro, respondeu: “Não tenho conhecimento.”

As medidas cautelares impostas por Moraes incluem:

  • Uso obrigatório de tornozeleira eletrônica;
  • Proibição de sair da comarca do Distrito Federal;
  • Recolhimento domiciliar noturno, das 19h às 6h, e integral nos fins de semana;
  • Proibição de usar redes sociais;
  • Proibição de contato com o deputado Eduardo Bolsonaro (seu filho), embaixadores e diplomatas.

A defesa do ex-presidente ainda não comentou oficialmente as declarações. O processo segue em tramitação no STF, que deve analisar, nas próximas semanas, novos desdobramentos da investigação.

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