BNDES lança segunda fase do Floresta Viva com R$ 100 milhões para restauração ecológica e comunidades

Programa Floresta Viva 2 apoia projetos de restauração com espécies nativas e Sistemas Agroflorestais em biomas brasileiros, promovendo preservação ambiental, segurança alimentar e fortalecimento comunitário

Por Karol Peralta

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta terça-feira (26) a segunda fase do programa Floresta Viva, voltada à restauração ecológica e ao fortalecimento de comunidades locais. O aporte inicial será de R$ 100 milhões do Fundo Socioambiental do BNDES, podendo chegar a R$ 250 milhões com a adesão de parceiros privados e públicos.

A iniciativa apoiará projetos de restauração com espécies nativas e Sistemas Agroflorestais (SAFs) nos biomas Cerrado, Caatinga, Pantanal, Pampa e Mata Atlântica, ampliando o alcance do programa para além da Amazônia, que já recebe grande volume de investimentos.


Inovação e créditos de biodiversidade

Durante o lançamento, a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destacou a inovação desta fase, que inclui ferramentas para apuração de créditos de biodiversidade. “Achamos importante dedicar esses recursos não reembolsáveis para biomas que historicamente recebem menos atenção e que apresentam áreas devastadas percentualmente maiores que a Amazônia”, afirmou.

O presidente do ICMBio, Mauro Pires, ressaltou o potencial de engajamento de parceiros interessados em associar suas iniciativas à governança do BNDES. “Investir na conservação que inclui as pessoas e promove qualidade de vida é fundamental”, disse.

Segundo o diretor do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Thiago Belote, o programa não se limita a serviços ecossistêmicos, mas também promove produção de alimentos, segurança e soberania alimentar.


Seleção de parceiros e gestão do programa

O edital para seleção do parceiro gestor já está disponível no site do BNDES. A instituição escolhida será responsável por contratar, acompanhar e capacitar projetos, além de fortalecer organizações sociais locais. O resultado da seleção será divulgado em novembro, durante a COP30, com contrato de até seis anos, prorrogável.

Podem se candidatar pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos e autarquias/fundações públicas federais que comprovem capacidade técnica e financeira. A iniciativa contará ainda com núcleo gestor formado por representantes do BNDES, doadores e especialistas, que definirão critérios e aprovarão projetos.


Benefícios e impactos para comunidades e meio ambiente

O programa promete recuperação de nascentes, melhoria da qualidade da água, geração de renda e fortalecimento de organizações locais. Diferente da primeira fase, o Floresta Viva 2 terá ciclos de seleção sucessivos para agilizar a aprovação dos projetos.

Na primeira fase, o programa mobilizou R$ 460 milhões, metade proveniente de parceiros públicos e privados, lançando nove editais e contratando ou analisando mais de 60 projetos que abrangem 8.500 hectares em processo de recuperação. Entre os apoiadores estão Petrobras, Banco do Nordeste, Fundo Vale, Energisa, Eneva, Norte Energia, Heineken, Philip Morris, Inovaland, KfW Bankengruppe, Eletrobras e governos estaduais.

O modelo inovador da iniciativa rendeu ao BNDES o Prêmio Alide 2024, da Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras de Desenvolvimento, reconhecendo sua capacidade de unir diversos parceiros para dar velocidade e escala aos resultados.

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