
Os desafios que as fraudes representam para a atividade econômica, os consumidores e a população em geral foram o motivo pelo qual autoridades do poder público e da iniciativa privada se reuniram ontem, quarta-feira (2), em Brasília, no II Fórum Internacional Antifraude.
Compondo as discussões do painel de abertura “Do Diagnóstico à Ação: Como Consolidar uma Estratégia Nacional Antifraude”, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, discorreu sobre como esse problema afeta o ambiente de negócios.
Para ele, no que se refere à prevenção desse ilícito, o Estado, a sociedade e as instituições precisam ter capacidade para se articularem rapidamente. “Todos os setores produtivos (com os quais o MDIC se relaciona) estão preocupados com a fraude econômica e concorrencial e são capazes de estabelecer o mecanismo inteligente de prevenção. Mas nós precisamos uni-los. A gente precisa criar uma estratégia nacional que seja capaz de dar um pouco mais de agilidade para o Estado brasileiro”, declarou. Ele ressaltou, entretanto, que o problema não será resolvido sem o envolvimento dos cidadãos, da sociedade civil e do mercado.
Márcio Elias Rosa também falou sobre como as fraudes repercutem no custo da atividade econômica no Brasil. “. Quanto uma empresa carrega de dano financeiro em razão da ocorrência de uma fraude?”, indagou. “Pior que o furto de um celular é o comércio associado a isso, que muitas vezes se dá por meio de plataformas comerciais. Recentemente, nós tivemos uma questão envolvendo a venda de aparelhos que não eram homologados pelo INMETRO. Então, é preciso ter esse enfrentamento”, disse.
Além do secretário-executivo do MDIC, participaram do II Fórum Internacional Antifraude representantes do Conselho Nacional do Ministério Público, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da Secretaria Nacional de Justiça, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, da Receita Federal, da Controladoria-Geral da União, da Polícia Federal, do Banco Central, do Controle de Atividades Financeiras (COAF) e da Escola Superior da Advocacia-Geral da União.
Sobre o evento
O II Fórum Internacional Antifraude – Estratégia Público-privada reúne, nesta quarta-feira (2) e quinta-feira (3), empresas, profissionais, especialistas, autoridades e formuladores de políticas públicas. Os objetivos do evento são promover a colaboração público-privada; incentivar a inovação em estratégias antifraude; debater propostas apresentadas na 1ª edição do fórum; e desenvolver e reforçar políticas e regulamentações.