
Com alta de 4,2% em 12 meses, IBC-Br mostra aceleração da economia brasileira; inflação e juros seguem no radar do mercado
Por Karol Peralta
A atividade econômica do Brasil apresentou um avanço expressivo de 1,3% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com os três meses anteriores, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central (BC). O resultado faz parte do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado um importante termômetro do desempenho econômico nacional.
📊 Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o crescimento foi ainda mais robusto: alta de 3,7%. O índice, que considera ajustes sazonais, revela uma trajetória de recuperação e expansão da economia brasileira após os desafios dos anos anteriores.
🔄 Março também teve desempenho positivo, com crescimento de 0,8% em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2024, o aumento foi de 3,5%. No acumulado de 12 meses, o indicador aponta uma alta significativa de 4,2%.
💡 O IBC-Br é utilizado como uma espécie de prévia da atividade econômica e ajuda o Comitê de Política Monetária (Copom) a tomar decisões sobre a taxa básica de juros (Selic), atualmente fixada em 14,75% ao ano.
💰 Juros e inflação em foco
A Selic é a principal ferramenta do BC para controlar a inflação. Juros mais altos tendem a frear o consumo e reduzir a pressão inflacionária, mas também podem impactar o crescimento econômico. Já cortes na taxa estimulam o crédito e a produção, favorecendo a expansão da economia.
📉 Em abril, a inflação oficial desacelerou para 0,43%, influenciada principalmente pelos preços dos alimentos e medicamentos. No acumulado de 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) soma 5,53%.
🔺 Diante do cenário de incertezas globais e pressão de preços, o Copom optou por elevar a Selic em 0,5 ponto percentual na última reunião, mantendo o tom conservador da política monetária. Foi o sexto aumento consecutivo da taxa.
📉 PIB e perspectivas
Embora o IBC-Br não seja uma prévia exata do Produto Interno Bruto (PIB), ele serve como uma referência para avaliar a tendência da economia. Em 2024, o PIB brasileiro cresceu 3,4%, consolidando o quarto ano seguido de crescimento e refletindo a resiliência dos setores produtivos, como indústria, agropecuária e serviços.
🏦 Para os especialistas, o desempenho positivo do IBC-Br neste início de 2025 é um sinal animador, especialmente em um contexto de juros altos e inflação ainda presente. O comportamento da Selic nas próximas reuniões do Copom será determinante para consolidar a retomada econômica.