Fim da cobrança antidumping favorece exportações do Brasil e reforça relação comercial com a Argentina
Por Karol Peralta
O governo da Argentina decidiu encerrar a investigação de revisão da medida antidumping aplicada às importações de resinas de poliéster insaturadas e alquídicas sem óleo provenientes do Brasil. A decisão, publicada no Diário Oficial argentino em 3 de julho de 2025, determina que não haverá prorrogação da cobrança do direito, encerrando a aplicação da tarifa de 12,22% que estava em vigor desde novembro de 2019.
Com isso, as exportações brasileiras desses produtos deixam de estar sujeitas ao pagamento adicional, o que tende a tornar os preços mais competitivos e a estimular a presença do produto nacional no mercado argentino. O processo de revisão da medida antidumping foi iniciado em 2024 e contou com o acompanhamento do governo brasileiro.
Durante o processo, os Ministérios das Relações Exteriores (MRE) e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mantiveram interlocução com as empresas nacionais afetadas e atuaram em favor do encerramento da tarifa. A medida era considerada um entrave às exportações brasileiras do setor químico, afetando diretamente fabricantes de resinas.
A retirada do direito antidumping é vista como um avanço nas relações comerciais entre Brasil e Argentina, e representa um ganho para a indústria brasileira, que agora tem mais condições de competir em igualdade com fornecedores de outros países. O resultado é avaliado como positivo por representantes do setor produtivo e deve favorecer o aumento das exportações de resinas de poliéster para o país vizinho.
