
Em Paris, oito anos depois de levar prata e bronze na Rio 2016, a paulista Verônica Hipólito voltou a subir em um pódio paralímpico na quarta-feira (4/9). A atleta ficou com o bronze nos 100m da classe T36 (paralisados cerebrais). Ela é beneficiária do Bolsa Atleta, na categoria Pódio, a mais alta do programa.
A paulista marcou 14s24, atrás da campeã Shi Yiting, com 13s39 (recorde paralímpico) e da neozelandesa Danielle Aitchison (14s24).
Depois de ganhar na Rio 2016 uma medalha de prata, nos mesmos 100m, e uma de bronze, nos 400m, Verônica não competiu nos Jogos de Tóquio 2020. A atleta passou por várias cirurgias para retirada de mais de 200 pólipos no intestino grosso, e em 2018, um tumor cerebral.
O paraibano Ariosvaldo Fernandes da Silva, o Parré, também conquistou nesta quarta a medalha de bronze, nos 100m T53, para atletas cadeirantes. Lendário atleta paralímpico do Brasil, Ele finalmente conseguiu a primeira medalha em Paralimpíadas, após tantas conquistas na carreira, em Mundiais e Parapan-americanos.
Parré, que também é bolsista na categoria Pódio, é quem constrói sua própria cadeira de rodas em parceira com uma empresa do ramo, o que torna seu equipamento tecnologicamente um pouco inferior ao usado pelos seus adversários. Essa foi a primeira medalha no atletismo em prova de cadeirantes desde Seul 1988.
A amapaense Wanna Brito conquistou sua primeira medalha em Jogos Paralímpicos nesta quarta-feira, 4, em Paris. Ela levou a prata no arremesso de peso F32, destinada a paralisados cerebrais cadeirantes, com a marca de 7,89m, novo recorde das Américas.
“Nossos atletas paralímpicos não param, estão dando um show em Paris. Eles recebem o incentivo do Bolsa Atleta, o que nos motiva, cada vez, mais a continuar apoiando esses talentos”, afirmou o ministro do Esporte, André Fufuca.
