Medida atinge o lote 2306 do Chá Pronto Multi Extrato e todos os suplementos Zeólita Clinoptilolita, por falsificação e uso de substâncias sem comprovação de segurança

Por Karol Peralta
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta quinta-feira (23) a apreensão de um lote falsificado do Chá Pronto Para Consumo Multi Extrato e o recolhimento de todos os suplementos Zeólita Clinoptilolita Standard e Premium, comercializados pela empresa Zeoclin Ltda. As medidas foram adotadas após denúncias de falsificação e uso de ingredientes sem comprovação de segurança e eficácia.
De acordo com a Anvisa, o lote 2306 do Chá Pronto Para Consumo Multi Extrato — identificado com o número de registro ES000233-0.000043 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) — não foi produzido pela fabricante oficial, a A&CL Indústria e Comércio de Produtos Naturais.
A empresa confirmou à agência que não fabricou o lote em questão e que o registro impresso nos rótulos já havia sido cancelado pelo Mapa.
Com isso, a Anvisa determinou a proibição imediata da comercialização, distribuição, fabricação, consumo e divulgação do produto falsificado.
“A medida foi motivada após uma denúncia informar que o produto era falsificado. Além disso, a fabricante confirmou que não produziu o lote citado”, informou a Anvisa em nota oficial.
Além do chá, a agência também determinou o recolhimento de todos os lotes dos suplementos Zeólita Clinoptilolita Standard e Zeólita Clinoptilolita Premium, distribuídos pela empresa Zeoclin Ltda.
A decisão se baseia na constatação de que os suplementos continham ingredientes sem comprovação de segurança e eficácia, e em propagandas que atribuíam propriedades terapêuticas, como a eliminação de poluentes e toxinas, o que é proibido para produtos classificados como alimentos.
“A determinação da Anvisa teve como causa a inclusão de um ingrediente que não teve sua segurança de uso comprovada. Além disso, os produtos faziam propaganda irregular, com alegações terapêuticas não permitidas”, destacou o órgão regulador.
A Anvisa reforçou que a medida busca proteger a saúde pública, uma vez que o consumo de produtos sem registro ou com composição irregular pode representar riscos à saúde. Os consumidores que adquiriram os produtos proibidos devem interromper o uso imediatamente e notificar as autoridades sanitárias locais.





