Agência proíbe comercialização e consumo de produtos com origem desconhecida ou composição irregular; sal do Himalaia apresenta teor de iodo abaixo do permitido
Por Karol Peralta
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta segunda-feira (20) a apreensão do azeite extra virgem Ouro Negro, proibindo a comercialização, distribuição, fabricação, importação, divulgação e consumo do produto. Além disso, foram suspensos 13 lotes do sal do Himalaia moído 500g, da marca Kinino, e o chá do milagre, por irregularidades que representam risco à saúde do consumidor.
O azeite extra virgem Ouro Negro foi denunciado por ter origem desconhecida e foi desclassificado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O rótulo indica importação pela Intralogística Distribuidora Concept Ltda., empresa com CNPJ suspenso na Receita Federal, reforçando a proibição da circulação do produto.
Em relação ao sal do Himalaia moído 500g, da marca Kinino, a Anvisa suspendeu 13 lotes com validade até março de 2027. O recolhimento voluntário foi solicitado pela fabricante, H.L. do Brasil Indústria e Comércio, após análises do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, apontarem teor de iodo abaixo do permitido. A iodação do sal é uma medida obrigatória de saúde pública para prevenir doenças como hipotireoidismo e complicações no desenvolvimento fetal.
Outro produto que deve ser retirado de circulação é o chá do milagre (Pó do Milagre ou Pozinho do Milagre), cuja composição e classificação são desconhecidas. A Anvisa identificou que a divulgação do produto nas redes sociais associava o consumo a benefícios terapêuticos não comprovados, como emagrecimento, tratamento da ansiedade e insônia, prevenção de câncer e estimulante sexual, prática proibida para alimentos e chás.
Até o momento, as empresas envolvidas não se manifestaram sobre as determinações da Anvisa. A agência reforça que a população deve evitar o consumo desses produtos e ficar atenta à procedência e à regularidade de alimentos e suplementos.
