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Advogado de Braga Netto confia em absolvição no julgamento do núcleo do golpe no STF

Defesa do general preso desde dezembro aposta em provas dos autos; julgamento inclui Bolsonaro e outros sete réus do “núcleo 1”

Por Karol Peralta

Poucos minutos antes do início do julgamento do chamado “núcleo 1” do inquérito que apura a existência de um plano de golpe de Estado no Brasil, o advogado do general Walter Braga Netto, José Luis de Oliveira Lima, disse nesta terça-feira (2) acreditar na absolvição de seu cliente.

“Como eu estudei esse processo, das folhas que foram disponíveis às defesas, falando em nome de Walter Souza Braga Netto, eu confio na absolvição do meu cliente”, afirmou em conversa com jornalistas.

O advogado acrescentou que está seguro com base nas provas apresentadas nos autos.
“Eu li hoje em todos os jornais, todos os sites que o julgamento já está selado, que todo mundo vai ser condenado. Eu preciso dizer a vocês que eu estou no STF, eu acredito nas provas dos autos”, completou.

Prisão e investigações

Braga Netto está preso desde 14 de dezembro de 2024, quando foi alvo de uma operação de busca e apreensão autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes.

O general é suspeito de tentar obter dados da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em manifestação favorável à prisão preventiva, a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a medida como necessária para evitar interferência nas apurações.

Quem são os réus do núcleo 1

Além de Braga Netto, outros sete réus poderão ser condenados pelo STF. São eles:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
  • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin
  • Almir Garnier, almirante de esquadra e ex-comandante da Marinha
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
  • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa

Crimes em julgamento

Os réus respondem a cinco crimes:

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Golpe de Estado
  • Dano qualificado pela violência e ameaça grave
  • Deterioração de patrimônio tombado

A exceção é Alexandre Ramagem, que, após decisão da Câmara dos Deputados em maio, responde apenas pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Cronograma do julgamento no STF

O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, reservou cinco datas para a análise do núcleo considerado crucial no inquérito:

  • 2 de setembro (terça-feira): 9h às 12h (extraordinária) e 14h às 19h (ordinária)
  • 3 de setembro (quarta-feira): 9h às 12h (extraordinária)
  • 9 de setembro (terça-feira): 9h às 12h (extraordinária) e 14h às 19h (ordinária)
  • 10 de setembro (quarta-feira): 9h às 12h (extraordinária)
  • 12 de setembro (sexta-feira): 9h às 12h (extraordinária) e 14h às 19h (extraordinária)

O julgamento promete ser um dos mais relevantes da história recente do país, envolvendo militares de alta patente, ex-ministros e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro.

Acompanhe o julgamento ao vivo:

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