Paralisação do transporte coletivo afeta serviços de limpeza e impacta até 12 mil trabalhadores em Campo Grande

Greve iniciada em 15 de dezembro eleva custos operacionais e dificulta manutenção de equipes no setor de asseio e conservação

Por Karol Peralta

A paralisação do transporte coletivo urbano em Campo Grande, iniciada no dia 15 de dezembro, já provoca impactos diretos em serviços essenciais, especialmente no setor de asseio e conservação, que atende hospitais, escolas, hotéis, condomínios e espaços de grande circulação. A interrupção compromete o deslocamento de trabalhadores e eleva os custos operacionais das empresas.

Empresas de asseio e conservação enfrentam dificuldades para manter equipes completas desde o início da greve do transporte coletivo na Capital. O setor é responsável por atividades consideradas essenciais, como limpeza hospitalar, manutenção de unidades escolares e conservação de áreas públicas e privadas de grande fluxo.

Segundo o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação de Mato Grosso do Sul (SEAC-MS), o impacto atinge diretamente entre 10 mil e 12 mil trabalhadores apenas em Campo Grande. A principal dificuldade está no deslocamento dos funcionários até os locais de trabalho, o que compromete a regularidade dos serviços.

Para tentar reduzir os prejuízos, empresas e contratantes adotaram medidas emergenciais, como caronas solidárias, uso de veículos próprios por supervisores e contratação de transporte por aplicativo. Ainda assim, as soluções não garantem a recomposição total das equipes e resultam em aumento significativo dos custos operacionais.

“O cenário virou uma força-tarefa diária, mas mesmo com todos os esforços não é possível assegurar 100% da presença dos trabalhadores”, afirmou o presidente do SEAC-MS, Daniel Amado Felicio. De acordo com ele, a consequência imediata é o atendimento parcial em alguns locais, o que afeta diretamente a rotina de serviços essenciais.

O sindicato afirma reconhecer o direito de reivindicação dos trabalhadores do transporte coletivo, mas destaca a necessidade de uma solução rápida para evitar prejuízos maiores. A entidade alerta que a continuidade da paralisação amplia os impactos operacionais, financeiros e sociais, com reflexos no funcionamento da cidade e na prestação de serviços indispensáveis à população.

Enquanto não há definição sobre o impasse no transporte público, o setor de asseio e conservação segue operando de forma limitada, tentando equilibrar custos elevados e a manutenção mínima das atividades consideradas essenciais em Campo Grande.

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