Ministro das Cidades afirma que não faltarão recursos para impulsionar o programa, que deve fechar 2025 com 2 milhões de contratos assinados

Por Karol Peralta
O Governo Federal pretende financiar 3 milhões de unidades do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) até o fim de 2026, segundo afirmou nesta segunda-feira (8) o ministro das Cidades, Jader Filho. Durante encontro com jornalistas, o ministro garantiu que não haverá falta de recursos para manter o ritmo de contratações e entregas no maior programa habitacional do país.
O ministro destacou que o programa deve encerrar 2025 com cerca de 2 milhões de moradias contratadas, resultado impulsionado pelo aquecimento da construção civil e pela ampliação dos recursos disponíveis. A previsão é contratar 1 milhão de novas unidades em 2026, apoiadas pela estabilidade financeira do setor.
“Temos hoje a segurança para dar ao mercado de que não haverá falta de recurso no Minha Casa, Minha Vida. As pessoas podem contratar, as empresas podem acreditar no programa que não terá nenhum tipo de soluço”, afirmou Jader Filho.
Recursos garantidos até 2026
Para o próximo ciclo, o governo dispõe de R$ 144,5 bilhões do FGTS, sendo R$ 125 bilhões destinados à habitação popular. Além disso, há R$ 5,5 bilhões do Orçamento para subsidiar a Faixa 1 urbana — ainda em discussão no Congresso — e outros R$ 17 bilhões da Caixa Econômica Federal voltados ao custeio dos subsídios.
Faixas de renda serão atualizadas
O ministro informou que as faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida serão reajustadas no início de 2026. A Faixa 1, hoje limitada a famílias com renda de até R$ 2.850, deve passar a atender quem ganha aproximadamente dois salários mínimos, ampliando o alcance do programa.
Essa atualização acompanha mudanças no mercado de trabalho e busca incluir famílias que não conseguem financiamento no sistema tradicional.
Impacto econômico e crescimento do setor
O MCMV tem apresentado forte expansão. Apenas em novembro foram 80 mil novos financiamentos, número superior à média mensal de 60 mil registrada até outubro. Uma em cada três contratações é destinada à Faixa 1.
O ministro destacou que o programa tem papel decisivo no desempenho do setor:
“O PIB da construção civil está puxando a economia brasileira, e quem está puxando a construção civil é o Minha Casa, Minha Vida. Em São Paulo, 67% dos lançamentos são do programa”, disse.
O governo projeta encerrar 2026 com média mensal de 80 mil contratações, mantendo o setor aquecido e estimulando a geração de empregos. Há também a expectativa de ampliar a oferta de moradias para a classe média, passando de 6 mil para 10 mil contratações até 2026.
Calendário eleitoral não deve afetar entregas
Apesar das restrições eleitorais, o ministro garantiu que o ritmo de entregas será mantido. Segundo ele, 60% das unidades previstas para 2026 ficarão prontas no primeiro semestre.
O próximo ano deve ser o mais intenso da atual gestão, com previsão de 40 mil novas unidades entregues. Antes do fim de 2025, o governo pretende entregar 2 mil moradias em diversas regiões do país.
Hoje, o prazo entre contratação e conclusão das obras varia de 18 a 22 meses.
Jader Filho confirmou que deixará o cargo até março de 2026 para disputar uma vaga de deputado federal pelo Pará. Ele afirmou que a equipe do Ministério das Cidades está estruturada para manter a continuidade das ações durante o período eleitoral.





