Agência aponta uso indevido de substâncias, falta de registro e riscos à saúde em produtos capilares, saneantes e anabolizantes
Por Karol Peralta
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu nesta segunda-feira (8) a comercialização, distribuição, fabricação, divulgação e uso do Tônico Capilar Minoxi Turbo Glammour Professional, produzido pela empresa Gammour Professional Ltda – Me. O produto, registrado como cosmético, apresentava em seu rótulo indicações semelhantes às do medicamento minoxidil, sugerindo estímulo ao crescimento de barba, cabelo e bigode — o que caracteriza informação irregular, segundo a agência.
Também foi determinada a apreensão do produto Macho Alfa Minoxidil Turbo 15%, fabricado por Douglas Rafael Oliveira da Silva, que não possui registro sanitário. A Anvisa reforça que o minoxidil é um princípio ativo exclusivo de medicamentos e sua utilização deve ocorrer apenas sob orientação médica, conforme a RDC 529/2021, que proíbe o uso da substância em cosméticos.
Além dos tônicos, a agência ordenou a apreensão de todos os cosméticos da marca Sabô Ageless e das maquiagens capilares da marca Bangna, produzidos por empresas desconhecidas e anunciados sem qualquer registro como cosméticos.
Produtos saneantes também entram na lista
Segundo a Anvisa, foram incluídos na determinação de apreensão o larvicida Acta BTI, de origem desconhecida, e todos os produtos da empresa Gasparelo Produtos de Limpeza e Higiene Ltda, que estavam sendo comercializados sem registro como saneantes, descumprindo normas básicas de segurança sanitária.
Anabolizantes irregulares são proibidos
Na última sexta-feira (5), a agência anunciou ainda a proibição de 30 medicamentos, a maioria anabolizantes e substâncias voltadas para ganho muscular, todos comercializados sem registro, notificação ou autorização.
Entre os itens proibidos estão Decaland Depot, Testoland, Clembuterol, HCG Landerlan, Tritrembo Gold, várias versões de Trembolona, Durateston, Boldenona, Stanozoland, Primobolan, Oxandroland, entre outros (todos os lotes).
A Anvisa reforça que, sem registro sanitário, não há comprovação de qualidade, segurança ou eficácia desses produtos, tornando seu uso potencialmente nocivo à saúde.
