Operação Castelo de Cartas desarticula esquema de fraudes financeiras com prejuízo milionário no país

Ação coordenada pelo DRACCO cumpre mandados em seis estados e mira organização criminosa suspeita de golpes com cartas de crédito e ocultação de bens.

Por Karol Peralta

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul deflagrou, nesta quinta-feira (4), a Operação Castelo de Cartas, que investiga uma organização criminosa responsável por fraudes envolvendo cartas de crédito contempladas e negociações irregulares de veículos, com prejuízo estimado de mais de R$ 1,5 milhão às vítimas.

A Operação Castelo de Cartas foi desencadeada pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) em ação simultânea realizada em Campo Grande e em outros cinco estados brasileiros: DF, MT, RO, SC e SP. Segundo as investigações, o grupo atuava de forma estruturada, aplicando golpes por meio de supostas cartas de crédito já contempladas e movimentações fraudulentas na compra e venda de veículos.

Com suporte técnico do LAB-LD/DRACCO, a polícia identificou que o esquema gerou prejuízo superior a R$ 1,5 milhão. A análise apontou movimentações bancárias feitas por contas de terceiros entre eles familiares e empregados usadas para ocultar e dissimular a origem dos valores ilegais, prática típica de lavagem de dinheiro.

O núcleo investigado em Mato Grosso do Sul mantinha ligação direta com suspeitos de Rondônia, já investigados na Operação Carga Prensada, deflagrada pela Polícia Federal em 2021, que apurou crimes como tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar.

O objetivo central da operação é identificar e bloquear bens que possam ser utilizados para ressarcir as vítimas. A Polícia Civil solicitou apreensão de veículos, imóveis e valores que somam mais de R$ 7,5 milhões, montante cinco vezes maior que o prejuízo inicialmente apurado. Após análise do Ministério Público, o Judiciário autorizou o bloqueio de R$ 7.524.805,40 dos investigados.

A ação integra a 3ª Operação Renorcrim, parte da Rede Nacional de Unidades Especializadas no Enfrentamento às Organizações Criminosas, coordenada pela SENASP por meio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência.

Nos demais estados, a operação contou com apoio das unidades especializadas DRACO2/PCRO, DRP-Rondonópolis/PCMT, DERF-Rondonópolis/PCMT, DRACO/PCDF, DIG/DEIC-Presidente Prudente/PCSP e DRACO/DEIC-Balneário Camboriú/PCSC.

O nome “Castelo de Cartas” faz referência à falsa promessa apresentada às vítimas: o sonho da casa própria que, na prática, desmoronava como um frágil castelo de cartas. As investigações continuam sob coordenação do DRACCO.

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