Vítima ainda não identificada foi localizada na tarde desta quarta-feira; polícia trabalha inicialmente com hipótese de feminicídio
Por Karol Peralta
Uma mulher ainda não identificada, com cerca de 40 anos, foi encontrada morta com um tiro na cabeça e outro no ombro, na tarde desta quarta-feira (3), às margens da BR-262, próximo ao anel viário de Campo Grande. O corpo foi localizado por uma pessoa que passava pelo local e avistou a vítima caída em meio à vegetação ao lado da rodovia.
A testemunha acionou a Polícia Militar, que isolou a área para o trabalho da perícia. Equipes do Corpo de Bombeiros também foram ao local, mas a vítima já estava sem vida quando os socorristas chegaram.
Segundo o delegado Gabriel Desterro, da 7ª Delegacia de Polícia Civil, a mulher foi morta com ao menos dois disparos de arma de fogo. “Foram no mínimo dois tiros: um na cabeça e um no ombro, com saída na axila. Não localizamos projétil nem cápsula”, afirmou.
O delegado explicou que, pelas características da cena do crime, a execução provavelmente ocorreu no próprio local. “Pelo jeito que o corpo foi encontrado, possivelmente foi uma execução aqui mesmo. Se fosse uma ‘desova’, teriam deixado o corpo na ribanceira. Acreditamos que o crime tenha acontecido aqui”, disse.
A estimativa inicial é de que a morte tenha ocorrido poucas horas antes da chegada da polícia. “Foi recente, com certeza menos de 12 horas, talvez entre 4 ou 6 horas. O corpo ainda estava pouco rígido”, afirmou Desterro. A equipe foi acionada por volta das 14h.
O corpo estava no lado direito da pista, no sentido Indubrasil, cerca de 300 metros da Pedreira São Luís. A vítima vestia um vestido florido e não apresentava sinais de defesa ou indícios de roubo. Segundo o delegado, ela estava com cordão, aliança e outros pertences pessoais.
A vítima foi encaminhada ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), onde passará por exame necroscópico para determinar a causa da morte. O caso será investigado pela Polícia Civil.
Inicialmente, a ocorrência é tratada como o 38º feminicídio de 2025 em Mato Grosso do Sul. “Estamos trabalhando com essa linha inicial por ser a mais plausível pelas circunstâncias da morte, mas ainda não há nada concreto”, destacou o delegado.
