Mudanças no mercado de trabalho ampliam demanda por consultorias especializadas em desenvolvimento humano, cultura organizacional e formação de líderes, áreas que se tornaram essenciais para a competitividade das empresas.

Por Karol Peralta
As empresas brasileiras vivem uma transformação profunda na forma de gestão de pessoas, impulsionada pelo aumento do turnover, pela disputa acirrada por talentos e pela necessidade de construir ambientes que unam desempenho, bem-estar e propósito. Nesse cenário, cultura organizacional, liderança e desenvolvimento humano deixaram de ser temas complementares e passaram a definir a capacidade de adaptação e competitividade das organizações.
Nos últimos anos, mudanças estruturais no mercado de trabalho deixaram evidente que nenhuma estratégia prospera sem pessoas preparadas e engajadas. A convivência entre gerações, a aceleração tecnológica e a sobrecarga emocional nas equipes reforçaram a urgência de ambientes mais coerentes, saudáveis e conectados aos valores que as empresas defendem publicamente.
É nesse contexto que consultorias especializadas ganharam protagonismo. Esses serviços reúnem diagnósticos culturais, fortalecimento de lideranças, desenvolvimento humano em profundidade, mediação de conflitos e criação de trilhas formativas que acompanham a velocidade das transformações do mercado. A atuação busca alinhar comportamentos, reforçar valores internos e construir práticas que sustentem a identidade organizacional.

Um exemplo desse movimento é a trajetória da P2B, consultoria sediada em Campo Grande (MS) e atuante nacionalmente. Com 11 anos de mercado, a empresa já formou mais de 11 mil líderes, impactou 52 mil profissionais com workshops, palestras e dinâmicas de integração e realizou mais de mil acompanhamentos individuais voltados ao desenvolvimento de competências e orientação de carreira.
Para Elaine Fernandes, CEO da P2B e estudiosa de comportamento humano, neurociência e governança há mais de duas décadas, o desafio atual das empresas vai além do desempenho imediato. “Pessoas conectadas ao propósito atuam de maneira mais consciente, demonstram maior engajamento e fazem escolhas alinhadas aos papéis que assumem. Isso fortalece vínculos, impulsiona resultados e contribui para conquistas sólidas, equilibrando performance e bem-estar”, afirma.
A consultoria trabalha majoritariamente no formato on company, ou seja, dentro das próprias organizações, mergulhando na cultura existente para desenvolver trilhas de liderança nos níveis estratégico, tático e operacional. Também conduz processos de sucessão, análises comportamentais, formações de RH e modelagem de governança, sempre considerando as particularidades de cada ambiente.
No panorama atual, especialistas afirmam que investir em cultura organizacional, liderança e experiência do colaborador impacta diretamente indicadores como produtividade, inovação, engajamento e redução de custos decorrentes da desorganização interna. Em períodos de crise, empresas com culturas fortes respondem mais rápido; em momentos de crescimento, ganham agilidade; e sob pressão, preservam vínculos e reduzem ruídos.
A tendência é clara: cuidar das pessoas deixou de ser uma pauta restrita ao RH e se consolidou como estratégia central. Em mercados cada vez mais exigentes, o futuro das organizações será definido não apenas pelas tecnologias adotadas, mas pela qualidade das relações que conseguem construir e sustentar.





