Seleção encerra o ano com empate por 1 a 1 em Lille; atuação apagada do ataque e erro decisivo marcam último jogo sob o comando de Carlo Ancelotti.
Por Karol Peralta
A seleção brasileira encerrou 2025 com uma atuação fraca e um empate por 1 a 1 diante da Tunísia, nesta terça-feira (18), na Decathlon Arena, em Lille, em jogo marcado pelo pênalti desperdiçado por Lucas Paquetá no segundo tempo.
O resultado representa o segundo empate do técnico Carlo Ancelotti no comando do Brasil. Em oito jogos, o italiano soma quatro vitórias, dois empates e duas derrotas, desempenho ainda irregular para uma equipe que busca estabilidade antes dos próximos compromissos internacionais.
Após o bom desempenho contra Senegal, havia a expectativa de que o Brasil repetisse o nível de atuação. A manutenção da base titular reforçou a impressão de continuidade. No entanto, o quarteto ofensivo Matheus Cunha, Estêvão, Rodrygo e Vinicius Júnior, teve baixa produção, esbarrando na marcação tunisiana, que adotou postura defensiva fechada e dificultou a criação de jogadas.
A opção por laterais mais ofensivos, Wesley e Caio Henrique, também expôs o Brasil aos contra-ataques. Foi justamente assim que a Tunísia abriu o placar aos 22 minutos do primeiro tempo: Wesley falhou no domínio, Abdi recuperou a bola e cruzou para Mastouri, que finalizou livre para superar o goleiro Bento.
O Brasil encontrou dificuldades para chegar ao ataque, mas conseguiu reagir ainda na etapa inicial. Aos 39 minutos, Estêvão cruzou, a bola bateu no braço de Bronn, e o árbitro marcou pênalti após revisão no VAR. O próprio Estêvão cobrou com precisão, empatando o jogo e mantendo a seleção viva na partida.
No segundo tempo, Ancelotti promoveu alterações e colocou Lucas Paquetá em campo. O meia, porém, acabou sendo decisivo de maneira negativa. Aos 32 minutos, teve a chance de virar o placar, mas desperdiçou a cobrança de pênalti, mantendo o empate em 1 a 1 e aumentando a pressão sobre o desempenho da equipe.
Agora, a seleção brasileira volta aos gramados somente na Data Fifa de março, quando deve enfrentar duas seleções europeias, com França e Croácia como adversárias mais prováveis. A partida em Lille reforça a necessidade de ajustes táticos e melhor desempenho ofensivo para 2026.
