MEC vai republicar decreto sobre educação inclusiva após críticas de entidades, diz deputado Pedro Kemp

Parlamentar afirma que nova versão da Política Nacional de Educação Inclusiva garantirá continuidade das escolas especializadas e o repasse de recursos do Fundeb

Por Karol Peralta

O deputado Pedro Kemp (PT) afirmou nesta quinta-feira (13), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), que o Ministério da Educação (MEC) deve republicar o Decreto nº 12.686/2025, que instituiu a Política Nacional de Educação Inclusiva, com alterações sugeridas por entidades que atuam na área da educação especial.

O decreto, publicado em outubro de 2025, gerou dúvidas e críticas entre organizações que atendem crianças e adolescentes com deficiência, como as Apaes e Pestalozzis, preocupadas com o possível impacto nas escolas especializadas.

Segundo Pedro Kemp, o ministro da Educação, Camilo Santana, se reuniu com representantes de federações e instituições e se comprometeu a republicar o texto com ajustes que garantam a continuidade dos atendimentos especializados.

“Muitas instituições acharam que o decreto acabaria com o atendimento nas escolas especializadas. Nós já havíamos alertado que não se tratava disso. O objetivo é avançar na educação inclusiva nas redes comuns, sem prejudicar as escolas especiais”, explicou Kemp.

“Trago uma boa notícia: o decreto será republicado com alterações sugeridas, garantindo que as escolas especializadas continuem atuando e recebendo recursos do Fundeb”, completou.

Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com cerca de 57 Apaes e nove Pestalozzis, além de outras entidades que oferecem atendimento multiprofissional a alunos com deficiência, inclusive no contraturno escolar.

O deputado Zeca do PT (PT) também comemorou o anúncio, destacando que a republicação deve corrigir falhas e manter a fiscalização sobre o uso dos recursos públicos.

“Muita gente tentou usar o decreto para desgastar o presidente Lula, mas sabemos que o governo busca aprimorar a política de inclusão. É importante garantir transparência e respeito a quem atua de forma séria com recursos públicos”, afirmou.

O presidente da ALEMS, Gerson Claro (PP), elogiou a decisão do MEC e disse que a medida traz tranquilidade para as entidades.

“As Apaes do Brasil todo agradecem. A gente que acompanha de perto o trabalho dessas instituições e destina emendas fica muito feliz com essa notícia”, destacou.

A nova versão do decreto deve reforçar a convivência entre a educação inclusiva nas escolas regulares e o atendimento especializado, assegurando que as instituições continuem recebendo financiamento público e cumprindo papel essencial na formação de estudantes com deficiência.

Compartilhe esta postagem:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

contato@mspantanalnews.com.br