Relatórios internacionais mostram aumento da confiança no Governo Federal, no serviço público e no sistema eleitoral; Brasil é destaque entre países da América Latina e Caribe
Por Karol Peralta
A confiança dos brasileiros no governo e nas instituições públicas aumentou significativamente desde 2023, colocando o Brasil acima da média da América Latina e do Caribe, segundo a pesquisa Fatores que influenciam a confiança nas instituições públicas na América Latina e no Caribe, divulgada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O levantamento mostra que a confiança no Governo Federal subiu de 26% em 2022 para 38% em 2025, superando a média regional de 35%. Já a confiança no serviço público passou de 24% para 41%, também acima da média latino-americana, que é de 32%. Os dados foram divulgados junto com o relatório Revisão de Integridade da OCDE sobre o Brasil 2025, publicado em novembro.
Entre os maiores avanços estão os índices de justiça no acesso a benefícios sociais, que aumentaram de 33% para 48%, e a confiança nos serviços de saúde e educação, que subiram para 44% e 45%, respectivamente. O Brasil também apresentou o maior índice de confiança no sistema eleitoral da América Latina, com 48% dos entrevistados afirmando acreditar na lisura do processo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou, nas redes sociais, que os resultados refletem a retomada das políticas públicas e o fortalecimento do diálogo com a sociedade civil. “Mais brasileiros que utilizam o SUS, frequentam escolas e acessam outros serviços públicos afirmaram estar satisfeitos em comparação a 2022. Esses dados mostram que o Governo do Brasil está no rumo certo”, afirmou.
Lula também ressaltou que a população se sente mais ouvida pelo governo, resultado da volta da participação social nas decisões públicas. “Assumimos esta gestão com o compromisso de reconstruir a confiança nas instituições e o lugar do Brasil no mundo”, completou.
Integridade pública e combate à corrupção
O relatório da OCDE aponta que o Brasil reforçou sua estrutura de integridade pública e combate à corrupção nos últimos anos. O país foi o primeiro do G20 a passar por uma revisão de integridade da OCDE, em 2012, e desde então tem adotado medidas como a criação do Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal e o Plano de Integridade e Combate à Corrupção 2025-2027.
A organização destaca que a integridade pública é essencial para a boa governança, o desenvolvimento sustentável e a eficiência do Estado. “A corrupção, real ou percebida, abala a confiança dos cidadãos no governo e nas instituições públicas, com sérias consequências para a governança democrática”, afirma o relatório.
Em artigo publicado na Folha de S. Paulo, os ministros Guilherme Boulos (Secretaria-Geral da Presidência), Vinicius Carvalho (Controladoria-Geral da União) e Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) escreveram que o aumento da confiança “não decorre de iniciativas isoladas, mas de uma firme orientação para reconstruir a capacidade e a credibilidade do Estado”.
Segundo os ministros, a OCDE reconheceu o esforço do governo brasileiro em devolver à população a sensação de pertencimento e credibilidade institucional, o que contrasta com o cenário de descrédito e desgaste institucional observado em anos anteriores.
Com os novos índices, o Brasil se posiciona como referência em fortalecimento institucional e transparência pública na região, consolidando um novo ciclo de confiança, diálogo e reconstrução democrática.
