“Projeto Decoupando Paredes” encerra ciclo com exposição, debates e apresentações artísticas na Casa de Cultura em Campo Grande
Evento gratuito celebra a arte urbana e o protagonismo dos participantes das oficinas de lambe-lambe, com programação que inclui roda de conversa, dança e música ao vivo.
Por Karol Peralta
O Projeto Decoupando Paredes encerra suas atividades nesta sexta-feira (7), na Casa de Cultura, em Campo Grande (MS), com uma programação aberta ao público e voltada à valorização da arte urbana e da produção coletiva. A noite contará com exposição, apresentações artísticas, DJ e roda de conversa com artistas e ministrantes das oficinas que movimentaram a cidade entre setembro e outubro.
A “Exposição Decoupando Paredes” será aberta ao público das 19h às 21h e celebra o resultado das quatro oficinas de lambe-lambe realizadas durante o projeto. O evento começa com um set do DJ Marcelinho da ZS, seguido por uma breve fala sobre os impactos da iniciativa.
O ponto alto da noite será a “Roda de Conversa com os Ministrantes e Auxiliares”, das 19h40 às 20h30, reunindo os artistas Bejona, Thalita Nogueira, Kelton Medeiros, Meio Trash, Maya e Jão. A programação segue com uma apresentação de dança das artistas Livia Lopes, Luara Maria e Rose Mendonça, e encerra com novo set de DJ Marcelinho da ZS.
O Projeto Decoupando Paredes foi viabilizado pela Política Nacional Aldir Blanc, do Ministério da Cultura, com execução do Governo Federal, Governo de Mato Grosso do Sul, SETESC e Fundação de Cultura de MS (FCMS). A ação conta ainda com apoio da Casa de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura (Fundac) da Prefeitura de Campo Grande.
Arte como forma de ocupação e expressão
Entre setembro e outubro, o projeto realizou quatro oficinas práticas e teóricas sobre o lambe-lambe, técnica de colagem urbana que mistura arte e intervenção social. A idealizadora Bejona (Laís Rocha Oliveira) explicou que o objetivo foi aproximar a arte de rua do cotidiano das pessoas:
“Queríamos mostrar que é possível se apropriar dessa linguagem tão presente na cidade e transformá-la em arte. É um incentivo para as pessoas ocuparem nossa cidade com criatividade e significado”, destacou.
A ministrante Thalita Nogueira reforçou o impacto social da proposta:
“A arte mobiliza, amplia visões de mundo. Esse tipo de oficina é importante para mostrar que há muitas formas de expressão acessíveis a todos.”
As aulas abordaram desde o preparo das colas até a composição das camadas que formam as colagens. Técnicas como stencil, spray, recorte e sobreposição foram exploradas livremente pelos participantes.
O projeto reuniu públicos diversos de artistas iniciantes a famílias com crianças em torno da ideia de que a arte é um espaço de pertencimento e voz.
Eric, de 12 anos, resumiu a experiência:
“Achei bem legal a oficina. A gente aprende, se diverte e cria coisas novas.”
Para Bejona, o lambe-lambe é também um ato político:
“Quem faz lambe fala sobre o que é importante. É uma forma de crítica e expressão, e por isso é essencial para o momento que vivemos.”
Além da vivência artística, os participantes receberam materiais, alimentação, certificados e kits culturais. As obras produzidas estarão expostas durante o evento de encerramento, representando o resultado coletivo das oficinas.
Serviço:
📍 O quê: Exposição, Roda de Conversa, Apresentação de Dança e DJ Set 📅 Quando: 7 de novembro (sexta-feira) 🕖 Horário: das 19h às 21h 🏛 Local: Casa de Cultura — Av. Afonso Pena, 2270, Centro, Campo Grande (MS)
Programação:
19h00 — Abertura da exposição e set DJ Marcelinho da ZS
19h30 — Fala sobre o projeto
19h40 — Roda de conversa com ministrantes/auxiliares