Governo investe R$ 3,6 milhões anuais em cuidotecas noturnas para apoiar famílias trabalhadoras em nove capitais

Espaços públicos oferecerão acolhimento infantil gratuito no período noturno, priorizando mulheres, mães solo e estudantes em busca de autonomia e qualificação profissional

Por Karol Peralta

O Governo do Brasil anunciou o investimento de R$ 3,6 milhões por ano para manter nove cuidotecas em capitais brasileiras, espaços públicos voltados ao acolhimento de crianças no período noturno. A medida, divulgada nesta quarta-feira (29), durante o Dia Internacional do Cuidado e Apoio, integra o Plano Nacional de Cuidados — Brasil que Cuida e busca fortalecer as políticas de equidade de gênero, inclusão e apoio às famílias trabalhadoras.

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As cuidotecas, criadas para oferecer acolhimento infantil gratuito à noite, estão se tornando uma nova ferramenta de apoio social e de autonomia econômica no país. O Edital de Chamamento Público nº 19/2025, divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), selecionou nove capitaisAracaju, Belém, Belo Horizonte, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Natal, Recife e Teresina — para a primeira etapa do projeto.

Cada município receberá R$ 400 mil anuais, além de apoio técnico da Secretaria Nacional da Política de Cuidados e Família, responsável pela implementação dos espaços. Os convênios terão duração de 30 meses e serão formalizados via sistema Transferegov.

As cuidotecas funcionam como centros de acolhimento noturno para crianças de 3 a 12 anos, com ou sem deficiência. Nesses locais, são oferecidas atividades lúdicas, contação de histórias, jogos, leitura e alimentação, além de acompanhamento social e emocional. A prioridade é atender mulheres, mães solo, trabalhadoras, jovens estudantes e pessoas negras, que enfrentam maior sobrecarga no cuidado familiar.

Segundo a secretária nacional Laís Abramo, a iniciativa representa um avanço na construção de uma rede pública de cuidados. “As cuidotecas ampliam o acesso ao cuidado e promovem mais oportunidades para trabalhadoras, estudantes e famílias brasileiras. Elas garantem tempo livre para que as mulheres possam estudar, trabalhar ou se qualificar”, afirmou.

A iniciativa faz parte do Plano Nacional de Cuidados — Brasil que Cuida, política que articula ações para reduzir desigualdades e promover justiça de gênero. O programa inclui ainda lavanderias comunitárias, Cuidotecas Universitárias e espaços de qualificação profissional, oferecendo suporte concreto à vida cotidiana das famílias brasileiras.

As modalidades de cuidotecas incluem unidades instaladas em universidades, voltadas a estudantes e trabalhadores, como a UFF (RJ) e a UFPI (PI), e em instituições de ensino técnico, como os Institutos Federais da Bahia, Pernambuco, Sergipe, Maranhão, São Paulo e Rio de Janeiro. Ao todo, 16 instituições já participam da expansão da rede.

As cuidotecas noturnas também simbolizam um novo olhar sobre o trabalho de cuidado, historicamente invisibilizado. O objetivo é garantir que cuidar seja um direito coletivo, reconhecido e sustentado pelo Estado.

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