Polícia Federal deflagra Operação Ignota contra tráfico clandestino de medicamentos para emagrecimento

Ação cumpre mandados no Rio de Janeiro e em São Gonçalo para desarticular grupo suspeito de importar e revender remédios ilegais usados em clínicas médicas

Por Karol Peralta

A Polícia Federal deflagrou, na manhã de ontem, terça-feira (21), a Operação Ignota, com o objetivo de reprimir uma associação criminosa envolvida na importação clandestina e receptação de medicamentos de procedência desconhecida, utilizados em tratamentos para emagrecimento em clínicas médicas.

A ação resultou no cumprimento de três mandados de busca e apreensão em uma clínica médica e em residências de investigados nas cidades do Rio de Janeiro e São Gonçalo (RJ).

De acordo com a PF, a investigação foi iniciada após o aumento das apreensões de remédios para emagrecimento em aeroportos, identificados durante fiscalizações aeroportuárias. Esses medicamentos, importados de forma irregular, eram desviados e revendidos em clínicas médicas especializadas em emagrecimento.

A operação contou com apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que colaborou com a análise dos produtos apreendidos e forneceu informações técnicas sobre os riscos à saúde.

As investigações apontaram ainda que um servidor da Anvisa foi preso anteriormente, acusado de subtrair e desviar cerca de 100 canetas emagrecedoras que haviam sido apreendidas pela própria agência. O caso levantou suspeitas de um esquema de receptação qualificada e revenda ilegal desses medicamentos.

Segundo a PF, a importação clandestina de fármacos representa um grave risco à saúde pública, já que não há controle sobre a origem, composição, armazenamento ou transporte desses produtos. A utilização sem supervisão médica e sem certificação pode causar efeitos colaterais graves e até intoxicações.

Os investigados poderão responder pelos crimes de importação e venda de medicamentos de procedência ignorada, além de receptação qualificada, cujas penas podem chegar a 12 anos de prisão.

A Operação Ignota segue em andamento, e a Polícia Federal não descarta novas diligências e prisões nas próximas fases da investigação.

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