Adolescentes armados com facas e machete planejavam ataque na Escola Municipal Indígena Francisco Meireles; comunidade escolar está em choque.

Por Karol Peralta
A Polícia Civil confirmou, no fim da tarde desta terça-feira (30), que os três adolescentes detidos na Escola Municipal Indígena Francisco Meireles, em Dourados (MS), planejavam cometer um massacre. A cidade fica a 251 quilômetros de Campo Grande.
Segundo a investigação, os adolescentes foram apreendidos após denúncia feita à Guarda Civil Municipal. Eles estavam armados com facas, um machete, balaclavas, luvas e roupas camufladas. Em depoimento, os jovens confessaram que tinham a intenção de atacar professores e alunos dentro da escola.
De acordo com fontes ouvidas pelo MS Pantanal News, os menores vão responder por crimes de ameaça e contravenção penal por causar pânico à população. Eles passarão por audiência judicial antes de serem encaminhados à Unei (Unidade Educacional de Internação).
Relatos da comunidade escolar
O diretor da instituição confirmou que os adolescentes demonstravam comportamento suspeito e falavam insistentemente em massacre.
“Infelizmente uns alunos da nossa escola planejaram executar um massacre. Eles só falavam em matar professores e todos da escola. Estavam preparados para cometer o crime e fugir”, relatou.
Uma testemunha acrescentou:
“Realmente eles tinham a intenção de matar. Um dos pais estava horrorizado, porque eram meninos bons e, de um tempo para cá, mudaram radicalmente. A intenção deles era promover um massacre dentro da escola.”
A rápida ação da direção e da inspetoria escolar impediu que o ataque fosse executado. As aulas foram suspensas e a comunidade escolar manifestou preocupação com a segurança.
Como tudo aconteceu
Segundo o boletim de ocorrência, a situação começou por volta das 10h10, pouco depois de uma palestra sobre bullying e violência escolar realizada pela Ronda Escolar. Logo em seguida, a Central da Guarda Municipal recebeu uma denúncia sobre três indivíduos armados dentro da escola.
Na sala da direção, os policiais encontraram os adolescentes com facas, um machete, capuzes e uma calça camuflada. Dois deles tinham tatuagens de suásticas nazistas nos braços.
Durante a abordagem, um dos jovens se identificou como líder do grupo e confessou que o plano era realizar um massacre inspirado em conteúdos violentos acessados na internet. O ataque começaria pela professora de Geografia e se estenderia a outros alunos.
A professora relatou que, ao retornar do intervalo, encontrou os adolescentes encapuzados, virados para a parede e em silêncio. Estranhando a situação, tentou retirá-los da sala, mas foi informada que dois deles sequer pertenciam à turma. Com a ajuda de monitores, a direção localizou os artefatos e acionou a Guarda Civil.
Clima de apreensão
A confirmação do plano deixou pais, alunos e professores em estado de choque. A Polícia Civil segue investigando o caso e apura a possível ligação dos adolescentes com grupos que incentivam a violência escolar pela internet.
Enquanto isso, a comunidade escolar de Dourados pede reforço na segurança e ações preventivas para evitar novas ameaças em instituições de ensino da região.





