Suspeito de Kiryat Gat afirmou que planejava comprar arma e atirar no primeiro-ministro; caso ocorre em meio à queda de popularidade de Netanyahu por causa da guerra em Gaza

Por Karol Peralta
A polícia israelense anunciou nesta quinta-feira (25) a prisão de um homem que ameaçou matar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O caso ocorreu em Kiryat Gat, cidade localizada no sul de Israel, pouco antes do início do feriado do Ano Novo Judaico, na noite de segunda-feira (22).
De acordo com as autoridades, o suspeito — um homem de cerca de 40 anos — entrou na delegacia local e declarou aos policiais que pretendia assassinar Netanyahu.
“O suspeito disse aos policiais que planejava comprar uma arma de fogo e atirar três vezes no primeiro-ministro”, informou a polícia em nota oficial.
O homem foi detido imediatamente e deve permanecer sob custódia até a conclusão dos procedimentos legais. A expectativa é de que uma acusação formal seja apresentada ainda nesta quinta-feira (25).
Contexto político e queda de popularidade
O episódio acontece em meio à crescente insatisfação da população israelense com a condução da guerra contra o grupo Hamas, em Gaza, que já dura quase dois anos. Pesquisas de opinião recentes apontam para uma queda significativa no apoio público a Netanyahu, o que tem ampliado a pressão interna e internacional sobre o seu governo.
Além disso, há preocupação de que a prolongada ofensiva militar possa aumentar o isolamento de Israel no cenário global.
Reféns em Gaza aumentam a pressão
Atualmente, 48 reféns permanecem em Gaza, dos quais acredita-se que 20 ainda estejam vivos. As famílias dos sequestrados vêm intensificando protestos e cobranças para que o governo israelense chegue a um acordo que possibilite o retorno dos prisioneiros.
A crise humanitária e o alto número de mortos em Gaza — somados à insatisfação da opinião pública — têm reforçado o clima de instabilidade política em Israel, do qual o episódio de ameaça ao primeiro-ministro é reflexo.





