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Campo Grande tem 6ª cesta básica mais cara do Brasil, aponta Dieese

Em agosto, cesta básica custou R$ 768,79 em Campo Grande; trabalhador precisa de 111 horas de trabalho para comprar os alimentos essenciais.

Por Karol Peralta

Campo Grande registrou, em agosto de 2025, a sexta cesta básica mais cara do país, de acordo com a pesquisa mensal do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O custo dos produtos essenciais para alimentação ficou em R$ 768,79, uma redução de -0,90% em relação a julho, quando o valor era de R$ 775,76.

A queda foi impulsionada principalmente pela redução nos preços do tomate e do arroz. Ainda assim, no acumulado do ano a variação foi de -0,20%, enquanto nos últimos 12 meses a alta chegou a 7,58% na capital sul-mato-grossense.

Tempo de trabalho e comprometimento da renda

Para comprar a cesta básica, um trabalhador que recebe salário mínimo de R$ 1.518 e cumpre jornada de 8 horas diárias no regime 6×1 precisou de 111 horas e 25 minutos de trabalho, o equivalente a cerca de 14 dias.

A média nacional foi menor: 101 horas e 31 minutos. Em julho, o índice era de 103 horas e 40 minutos. No comparativo de agosto de 2024, considerando 17 capitais com série histórica completa, a jornada média foi de 102 horas e 08 minutos.

Quando se considera o salário mínimo líquido, descontada a contribuição previdenciária de 7,5%, o trabalhador em Campo Grande comprometeu 54,75% da renda com alimentos básicos em agosto de 2025, acima da média nacional de 49,89%.

Queda em 24 das 27 capitais

O levantamento apontou redução no preço da cesta básica em 24 das 27 capitais brasileiras. As maiores quedas foram registradas em Maceió (-4,10%), Recife (-4,02%), João Pessoa (-4,00%), Natal (-3,73%), Vitória (-3,12%) e São Luís (-3,06%).

O maior custo foi encontrado em São Paulo (R$ 850,84), seguida por Florianópolis (R$ 823,11), Porto Alegre (R$ 811,14) e Rio de Janeiro (R$ 801,34).

No acumulado entre agosto de 2024 e agosto de 2025, todas as 17 capitais com dados completos apresentaram alta, variando de 3,37% em Belém a 18,01% em Recife.

Campo Grande registra alta no feijão, açúcar e carne bovina

Apesar da queda no tomate e no arroz, alguns itens ficaram mais caros em Campo Grande no mês de agosto:

  • Feijão-carioca: aumento de 0,46% (contrariando a queda nacional)
  • Açúcar: alta de 2,30%
  • Carne bovina de primeira: elevação de 2,11%

Outros alimentos, como o café em pó, também registraram variações, com queda em 24 capitais, mas Campo Grande acompanhou a alta nacional no açúcar e nas carnes, pressionando o custo final.

Variação em 12 meses

Nos últimos 12 meses, o Dieese apontou os seguintes movimentos em Campo Grande e no país:

  • Tomate: alta em quase todas as capitais, chegando a 103,93% em Natal
  • Batata: queda em todas, com destaque para Campo Grande (-52,15%), a maior do país
  • Feijão preto: redução em todas as capitais pesquisadas
  • Arroz: queda generalizada, até -31,57% em Vitória
  • Açúcar: queda predominante, mas altas em algumas capitais
  • Café em pó: aumento em todas as capitais, até 84,06% em Vitória
  • Carne bovina de primeira: alta em todas as capitais, de 9,61% a 27,79%
  • Óleo de soja: aumento em todas, com destaque para Campo Grande (27,55%)

Salário mínimo ideal

O Dieese também calculou o valor necessário para o sustento de uma família de quatro pessoas. Em agosto de 2025, o salário mínimo ideal deveria ser de R$ 7.147,91, ou seja, 4,71 vezes o mínimo em vigor (R$ 1.518,00).

No mês anterior, julho, o valor estimado era de R$ 7.274,43, o equivalente a 4,79 vezes o piso nacional. Em agosto de 2024, o mínimo necessário era de R$ 6.606,13, ou 4,68 vezes o salário vigente à época.

O cálculo considera despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, transporte, vestuário, higiene, lazer e previdência, conforme previsto na Constituição Federal.

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