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Deputada Camila Jara visita Moinho Cultural e reforça defesa da infância na fronteira Brasil–Bolívia

Em Corumbá, instituição cultural recebe apoio parlamentar e destaca protagonismo de crianças e adolescentes em projetos de transformação social na fronteira pantaneira

Por Karol Peralta

Em Corumbá, no coração do Pantanal, o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano recebeu, nesta sexta-feira (29), a deputada federal Camila Jara (PT-MS), responsável pela emenda parlamentar que viabilizou a pintura da sede da instituição. A visita foi marcada por apresentações artísticas dos participantes e por uma programação que destacou o protagonismo de crianças e adolescentes, além de reafirmar o compromisso conjunto em defesa da infância na região de fronteira.

Durante a visita, Camila Jara ressaltou a importância do Moinho como espaço de transformação social.

“É maravilhoso ver a transformação de vidas que acontece aqui. É impressionante ver o Pantanal pulsando no meio de Corumbá. O Moinho Cultural não só resgata nossas crianças, mas mostra que quando oferecemos oportunidades, podemos mudar não apenas o futuro, mas o agora”, declarou a parlamentar.

A agenda ocorre em um momento em que a proteção da infância ganha força no debate nacional. Nos últimos dias, o influenciador Felca viralizou com um vídeo sobre a adultização precoce das crianças, enquanto a minissérie brasileira Psica, lançada pela Netflix, trouxe à tona os impactos da exploração sexual infantojuvenil na região Norte do país.

Esses episódios reforçam a urgência de iniciativas como a do Moinho Cultural, que há quase 21 anos atua em Corumbá e Ladário, na fronteira com Bolívia e Paraguai. A instituição é articuladora da RECAF (Rede da Criança e do Adolescente da Fronteira), criada em 2023 para estimular políticas públicas de proteção em áreas de vulnerabilidade. Uma das principais ferramentas desse trabalho é a Carta da Criança e do Adolescente da Fronteira, entregue a diferentes autoridades, entre elas as ministras Margareth Menezes (Cultura) e Simone Tebet (Planejamento), além da própria Camila Jara.

A fundadora e diretora artística do Moinho, Márcia Rolon, destacou a necessidade de articulação política e cultural.

“Nosso papel é provocar a criação de políticas públicas. A fronteira não pode ser vista apenas como limite geográfico, mas como espaço de encontro e de direitos. O Moinho é protagonista porque atua de forma política, social e cultural pela infância”, disse.

Rolon também ressaltou que a Carta é fruto de escuta coletiva e hoje integra sua pesquisa acadêmica de doutorado.

“Ela simboliza o olhar da própria fronteira sobre si mesma, chamando atenção para a necessidade de proteger nossas crianças. O Moinho Cultural é pioneiro em propor uma cultura de paz e unir Brasil, Bolívia e Paraguai em defesa da infância”, completou.

A diretora executiva do Moinho, Mônica Macedo, que também preside o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Mato Grosso do Sul, reforçou o papel da instituição.

“Ao longo de quase 20 anos, o Moinho tem mostrado que cultura e educação são caminhos de proteção e transformação. Vamos seguir firmes nessa missão, com gestão sólida e mobilização social”, destacou.

📊 Dados preocupantes – Um relatório inédito da SaferNet Brasil revelou que, entre janeiro e julho de 2025, foram registradas 49.336 denúncias de abuso e exploração sexual infantil online, o que corresponde a 64% de todas as notificações no período. Os números representam um pico histórico e reforçam a necessidade de mobilização.

Além da articulação política, o Moinho desenvolve projetos que fortalecem a conscientização desde cedo. O “De Criança para Criança” leva participantes da instituição a escolas públicas para falar sobre direitos e cidadania, transformando-os em multiplicadores. Já o “Roda Moinho” oferece música, dança, letramento e literatura em comunidades periféricas e áreas de vulnerabilidade.

Com quase 21 anos de atuação e mais de 25 mil crianças e adolescentes atendidos, o Moinho Cultural reafirma sua missão de ser uma rede de proteção, cultura e esperança, unindo arte, educação e mobilização social em prol da infância e da adolescência na fronteira Brasil–Bolívia.

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