Turismo que Protege: iniciativa do Governo Federal combate a adultização e protege crianças no setor turístico

Movimento do Ministério do Turismo incentiva práticas seguras, prevenção de exploração sexual e engajamento do setor turístico

Por Karol Peralta

Transformar crianças em “mini adultos” em busca de likes e engajamento nas redes sociais é uma prática perigosa que acelera a perda da infância e aumenta a vulnerabilidade a abusos e exploração sexual. Diante desse cenário, o Governo Federal lançou em junho deste ano o movimento “Turismo que Protege”, coordenado pelo Ministério do Turismo, com foco na proteção de crianças e adolescentes no contexto das atividades turísticas.

A iniciativa reúne profissionais, empresas e entidades que assumem voluntariamente o compromisso de adotar práticas éticas, seguras e responsáveis, prevenindo violações de direitos no turismo.

“É nosso dever como sociedade, e principalmente como pais, proteger as crianças para que sejam apenas crianças. Essa é uma luta que exige vigilância permanente e ação coletiva. Precisamos ficar atentos e denunciar todo e qualquer conteúdo ou situação que coloque crianças em risco”, afirma o ministro do Turismo, Celso Sabino.

Como participar

O Ministério do Turismo convida a sociedade civil, destinos turísticos, organizações e instituições públicas e privadas a se tornarem signatárias da Carta de Compromisso do Movimento. A adesão é voluntária e fortalece um turismo mais consciente e protetor da infância e adolescência em todo o Brasil.

Para se inscrever, basta preencher o formulário de pré-assinatura disponível online. Em seguida, o Ministério fornecerá informações para oficializar a adesão e orientar os próximos passos.

Alinhamento com o Código de Conduta Brasil

O movimento está integrado ao Código de Conduta Brasil, iniciativa voltada à sensibilização de prestadores de serviços turísticos cadastrados no Cadastur, incentivando práticas de prevenção à exploração sexual de crianças e adolescentes.

O Código pode ser acessado em www.codigodeconduta.turismo.gov.br, que oferece curso EAD, podcasts e o Manual do Multiplicador, instruindo sobre como agir em casos suspeitos e expandir boas práticas de proteção.

“O Movimento é uma política de suporte ao Código. Ele fortalece a disseminação dos princípios do Código de Conduta Brasil, instrumento essencial à prevenção da exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo”, explica a secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Lopes.

Segundo Ana Carla, a proposta é envolver não apenas prestadores de serviços cadastrados, mas também outros atores do turismo, como taxistas, artesãos, artistas, organizações do terceiro setor e órgãos públicos que podem integrar a rede de proteção e atuar como multiplicadores do Código.

Prevenção prática

Uma dica simples para turistas: ao se hospedar ou participar de eventos, pergunte se o local aderiu ao Código de Conduta Brasil. Essa atitude estimula reflexão e engajamento do setor. Em casos de suspeita ou confirmação de exploração sexual, a denúncia deve ser feita pelo Disque 100.

Compartilhe esta postagem:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *