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Mato Grosso do Sul se destaca em mercado de trabalho com renda acima da média e baixa informalidade

Estado registrou rendimento médio de R$ 3.110 no 2º trimestre de 2025, superior a vizinhos da região, e apresentou uma das menores taxas de trabalhadores por conta própria do país.

Por Karol Peralta

O Brasil registrou no segundo trimestre de 2025 a menor taxa de desemprego da série histórica, iniciada em 2012. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação foi de 5,8%, uma redução em relação aos 7% registrados nos três primeiros meses do ano.

A queda foi observada em 18 das 27 unidades da Federação, enquanto nas outras nove o índice se manteve estável. As menores taxas estaduais foram registradas em Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%). Já as maiores taxas foram encontradas em Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%).

De acordo com o analista da pesquisa, William Kratochwill, o cenário indica um mercado de trabalho mais aquecido.

“O reflexo desse desempenho é a redução dos contingentes em busca de uma ocupação. Há mais oportunidades que estão absorvendo os trabalhadores, mesmo aqueles que apresentavam mais dificuldade em conseguir um trabalho”, explicou.


Rendimento

O rendimento real mensal habitual foi de R$ 3.477, alta frente ao primeiro trimestre de 2025 (R$ 3.440) e ao mesmo período de 2024 (R$ 3.367). O Sudeste apresentou a maior média (R$ 3.914), sendo a única região com crescimento significativo na comparação trimestral.

No Mato Grosso do Sul, a média salarial registrada foi de R$ 3.110, valor acima do verificado em estados vizinhos como Mato Grosso (R$ 3.028) e Goiás (R$ 2.987). O dado reforça a posição do estado entre aqueles com mercado de trabalho mais estável e rendimento compatível com a média nacional.

A massa de rendimento real habitual alcançou R$ 351,2 bilhões, com o Sudeste atingindo o maior valor da série (R$ 177,8 bilhões).


Perfil da desocupação

  • Por gênero: 4,8% para homens e 6,9% para mulheres.
  • Por raça/cor: 4,8% entre brancos, 7% entre pretos e 6,4% entre pardos.
  • Por escolaridade: 9,4% entre pessoas com ensino médio incompleto, 5,9% para superior incompleto e 3,2% para superior completo.

O levantamento também apontou 1,3 milhão de pessoas buscando trabalho há dois anos ou mais, o menor contingente para um segundo trimestre desde 2014.


Emprego formal e conta própria

No setor privado, 74,2% dos empregados tinham carteira assinada. Santa Catarina (87,4%), São Paulo (82,9%) e Rio Grande do Sul (81,2%) lideraram o ranking. Já os menores percentuais foram observados no Maranhão (53,1%), Piauí (54,5%) e Paraíba (54,6%).

O trabalho por conta própria representou 25,2% da população ocupada. Rondônia (35,3%), Maranhão (31,8%) e Amazonas (30,4%) tiveram os maiores percentuais. No outro extremo, o Distrito Federal (18,6%), Tocantins (20,4%) e Mato Grosso do Sul (21,4%) registraram os menores índices.

Esse dado coloca o Mato Grosso do Sul entre os estados com menor dependência do trabalho por conta própria, indicando um mercado de trabalho mais voltado para o emprego formal.


Metodologia

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), principal levantamento sobre o mercado de trabalho brasileiro. A cada trimestre, cerca de 2 mil entrevistadores visitam 211 mil domicílios em 3.500 municípios das 27 unidades da Federação.

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