Mais Médicos envia 3,1 mil profissionais a regiões vulneráveis e reforça atendimento no SUS

Profissionais começam a atuar em municípios e Distritos Indígenas, fortalecendo a atenção primária e reduzindo o tempo de espera no Sistema Único de Saúde

Por Karol Peralta

Nesta quarta-feira, 2 de julho, o Governo Federal iniciou uma nova etapa do Programa Mais Médicos, com o envio de 3.173 profissionais da saúde para atuar em 1.618 municípios brasileiros e em 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). A medida visa reforçar o atendimento básico à população, especialmente em locais de difícil acesso ou com menor cobertura médica.

Do total de médicos, 3.065 vão integrar as Equipes de Saúde da Família e 108 serão destinados aos DSEIs, ampliando o acesso à saúde em comunidades indígenas. A seleção registrou recorde de inscrições, com mais de 45 mil candidatos interessados nas vagas.

Início imediato e formação contínua

Entre os dias 2 e 7 de julho, ocorre a chegada dos médicos formados no Brasil, com registro ativo no Conselho Regional de Medicina (CRM), aos seus locais de atuação. Já os brasileiros formados no exterior participarão, a partir de 4 de agosto, do Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) — uma preparação específica para enfrentar desafios como urgências, emergências e doenças prevalentes nas regiões onde atuarão.

Segundo o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Felipe Proenço, o programa também investe na qualificação dos médicos, com oportunidades de especialização em Medicina de Família e Comunidade e mestrado profissional em Saúde da Família.

“Esses profissionais chegam para qualificar o atendimento na atenção primária e reduzir o tempo de espera no SUS, além de se capacitarem continuamente para atender melhor a população”, afirma o secretário.

Foco em regiões mais vulneráveis

A distribuição dos profissionais foi feita com base na Demografia Médica 2025, estudo elaborado pelo Ministério da Saúde em parceria com a USP e a Associação Médica Brasileira (AMB). A prioridade é atender regiões com menor proporção de médicos por habitante e maior vulnerabilidade social.

Do total de vagas preenchidas:

  • 75,1% foram para municípios de pequeno porte
  • 11,1% para municípios de médio porte
  • 13,8% para grandes cidades, em áreas vulneráveis

A presença desses profissionais contribuirá para a redução do tempo de espera em consultas, agilização de exames e encaminhamentos, além de fortalecer o uso do prontuário eletrônico e otimizar os fluxos de atendimento nas unidades básicas de saúde.

Cobertura nacional e impacto direto

Atualmente, o Mais Médicos conta com cerca de 24,9 mil médicos em atividade, cobrindo mais de 4.200 municípios, o que representa 77% do território nacional. Com a meta de atingir 28 mil profissionais, o programa já beneficia mais de 63 milhões de brasileiros.

“Estamos cumprindo o compromisso de levar atendimento médico de qualidade a todos os cantos do país, incluindo comunidades indígenas e áreas rurais isoladas”, reforça Proenço.

Próximos passos

O Governo Federal deve lançar novos editais para preencher 100% das vagas previstas e alcançar a meta de 28 mil médicos atuando simultaneamente. O Mais Médicos é considerado um dos principais pilares da atenção primária à saúde no Brasil e tem papel fundamental na estratégia de fortalecimento do SUS.

Com a ampliação do programa, a expectativa é reduzir desigualdades regionais no acesso à saúde, melhorar indicadores de saúde pública e aproximar o atendimento das populações mais vulneráveis.

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