Vacinação contra meningite muda no Brasil: vacina ACWY será aplicada a partir de 12 meses no SUS

Ministério da Saúde amplia proteção contra meningite com vacina meningocócica ACWY para crianças de 1 ano a partir de julho de 2025

Por Karol Peralta

A partir desta terça-feira, 1º de julho, o Ministério da Saúde inicia uma mudança importante no calendário vacinal infantil. Agora, crianças com 12 meses de vida passam a receber a vacina meningocócica ACWY pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A nova medida busca ampliar a proteção contra os sorogrupos A, C, W e Y da bactéria causadora da meningite.

Antes da atualização, o reforço aplicado aos 12 meses utilizava a vacina meningocócica do tipo C. Com a alteração, esse reforço será substituído pela versão ACWY, que oferece proteção mais ampla e eficaz contra a doença.

Segundo o Ministério da Saúde, crianças que já completaram o esquema vacinal com duas doses da vacina meningocócica C (aos três e cinco meses) e receberam o reforço aos 12 meses não precisam tomar a nova vacina ACWY. Já aquelas que ainda não foram vacinadas com o reforço podem receber a ACWY normalmente.

Proteção mais ampla

A vacina meningocócica ACWY já era oferecida na rede pública para adolescentes entre 11 e 14 anos, aplicada em dose única ou reforço, conforme o histórico de vacinação. A ampliação para crianças de 12 meses representa um avanço importante na prevenção da meningite no Brasil.

Além da ACWY, o Ministério da Saúde reforça que outras vacinas disponíveis no SUS, como BCG, penta, pneumocócica 10, 13 e 23-valente, também contribuem para a prevenção de formas graves da doença.

Casos de meningite em 2025

De acordo com os dados mais recentes do ministério, o Brasil já registrou 4.406 casos confirmados de meningite em 2025. Desses, 1.731 foram do tipo bacteriana, considerada a forma mais grave; 1.584 viral, e 1.091 por outras causas ou tipos não especificados.

O que é meningite?

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, ou ainda ter origem não infecciosa, como em casos de câncer, lúpus, reações a medicamentos e traumas cranianos.

Segundo o Ministério da Saúde, as meningites bacterianas são mais frequentes no outono e no inverno, enquanto as virais predominam na primavera e no verão. A doença pode evoluir rapidamente e causar sequelas neurológicas graves ou até levar à morte se não for tratada a tempo.

Cuidados e prevenção

A principal forma de prevenir a meningite é a vacinação, disponível gratuitamente nas unidades de saúde de todo o país. A recomendação é que pais e responsáveis fiquem atentos ao calendário vacinal das crianças e busquem orientação médica em caso de dúvidas.

A medida do governo visa reforçar o compromisso com a saúde pública, protegendo as faixas etárias mais vulneráveis e reduzindo o risco de surtos da doença.

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