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Receita Federal apreende 25 mil litros de éter usado na produção de cocaína em MS

Carga escondida em carreta em Corumbá poderia ser usada para fabricar até 75 toneladas de cocaína; motorista foi preso e operação envolveu Receita, PF e PM.

Por Karol Peralta

Uma operação conjunta entre a Receita Federal, a Polícia Federal e a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul resultou na apreensão de 25 mil litros de éter, substância altamente utilizada no processamento da cocaína. A carga ilegal foi interceptada em Corumbá (MS), cidade estratégica na fronteira com a Bolívia.

🔍 O material estava acondicionado em galões, escondidos na carroceria de uma carreta. Segundo estimativas da Receita, a quantidade seria suficiente para processar pelo menos 25 toneladas de cocaína pura, o que, após os processos de adulteração comuns no tráfico varejista, resultaria em até 75 toneladas da droga.


🚨 Motorista tentou enganar a fiscalização

Durante a abordagem realizada na Rua 21 de Setembro, em frente a um posto de combustíveis, os agentes encontraram o motorista de 36 anos, que inicialmente negou estar transportando qualquer carga.

O condutor alegou que estava na cidade para buscar ureia vinda da Bolívia, com destino a Campo Grande (MS). No entanto, diante das evidências e da contradição das informações, ele foi preso em flagrante e encaminhado à delegacia da Polícia Federal.


🧪 Substância usada na cristalização da droga

Segundo a Receita Federal, o éter é um dos principais insumos utilizados no refinamento e cristalização da pasta base da cocaína, etapa essencial para transformar o produto em pó, pronto para comercialização.

A quantidade apreendida, pela dimensão e forma de transporte, levanta suspeitas de ação coordenada por organizações criminosas ligadas ao tráfico internacional de drogas.


📉 Controle de exportação de químicos foi intensificado

Desde 2020, a Receita Federal e a Polícia Federal intensificaram o controle sobre a exportação de produtos químicos para a Bolívia, país que abriga diversos laboratórios clandestinos de refino de cocaína.

De acordo com o órgão, substâncias como o acetato de etila chegaram a ser exportadas em volumes superiores a 2,8 milhões de litros por ano. Com o reforço na fiscalização e limitação das saídas via recintos alfandegários oficiais, o volume caiu para apenas 56 mil litros em 2024.

“Essa redução ressalta a importância da presente apreensão clandestina e evidencia o desvio do comércio legal para rotas ilegais”, declarou a Receita Federal em nota oficial.


🛡️ Segurança nas fronteiras

O episódio reforça a importância de ações integradas entre órgãos federais e estaduais para o combate aos crimes transfronteiriços. A fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia continua sendo uma rota estratégica do tráfico internacional, tanto para entrada de drogas quanto de precursores químicos.

“A Receita Federal reafirma seu compromisso no combate aos crimes transfronteiriços por meio de operações integradas com órgãos de segurança pública e fiscalização, fortalecendo a segurança nas fronteiras brasileiras”, conclui o comunicado.

A apreensão dos 25 mil litros de éter representa um duro golpe nas estruturas logísticas do tráfico de drogas na região Centro-Oeste. O caso evidencia a sofisticação e a ousadia dos grupos criminosos, mas também a efetividade das forças de segurança na interceptação e repressão ao crime organizado.


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