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Brasileiras adiam maternidade e têm menos filhos, revela Censo 2022

Taxa de fecundidade no Brasil cai para 1,55 filho por mulher, abaixo do nível de reposição populacional, e idade média da maternidade sobe para 28 anos

Por Karol Peralta

O Censo Demográfico de 2022, divulgado nesta sexta-feira (27) pelo IBGE, confirma uma tendência que vem se consolidando há décadas no Brasil: as mulheres estão tendo menos filhos e em idade mais avançada.

Segundo os dados, a taxa de fecundidade total caiu para 1,55 filho por mulher em idade reprodutiva (de 15 a 49 anos), o menor índice já registrado no país. O número está abaixo da taxa de reposição populacional, estimada em 2,1 filhos por mulher — valor necessário para manter o tamanho da população estável ao longo das gerações.

📊 Queda histórica desde os anos 60

Em 1960, a taxa era de 6,28 filhos por mulher. Desde então, a queda tem sido contínua:

  • 1970: 5,76
  • 1980: 4,35
  • 1991: 2,89
  • 2000: 2,38
  • 2010: 1,90
  • 2022: 1,55

De acordo com o IBGE, a transição começou nas regiões mais desenvolvidas do Sudeste e entre mulheres mais escolarizadas.

📍 Fecundidade por região

  • Sudeste: 1,41 filho por mulher (a menor do país)
  • Sul: 1,50
  • Centro-Oeste: 1,64
  • Nordeste: 1,60
  • Norte: 1,89 (a maior taxa regional)
  • Roraima: único estado acima da reposição, com 2,19 filhos por mulher

⏳ Maternidade mais tardia

O levantamento também mostra que as mulheres estão adiando a maternidade. A idade média da fecundidade passou de 26,3 anos em 2000 para 28,1 em 2022.

  • Distrito Federal: maior média de idade para ter filhos – 29,3 anos
  • Pará: menor média – 26,8 anos

🚫 Cresce número de mulheres sem filhos

O percentual de mulheres entre 50 e 59 anos que chegam ao fim da idade reprodutiva sem filhos aumentou:

  • 2000: 10%
  • 2010: 11,8%
  • 2022: 16,1%

No Rio de Janeiro, esse índice chega a 21%.

🕊️ Diferenças por religião e raça

  • Maior taxa de fecundidade: mulheres evangélicas (1,74)
  • Menor taxa: espíritas (1,01) e umbanda/candomblé (1,25)
  • Sem religião: 1,47
  • Católicas: 1,49

Quanto à raça/cor:

  • Mulheres indígenas: 2,8 filhos (acima da reposição)
  • Pardas: 1,7
  • Pretas: 1,6
  • Brancas: 1,4
  • Amarelas: 1,2

🎓 Escolaridade influencia fecundidade

A escolaridade tem forte correlação com o número de filhos:

  • Sem instrução ou fundamental incompleto: 2,01 filhos
  • Ensino médio completo: 1,42
  • Ensino superior completo: 1,19

A idade média para ter filhos também varia conforme o nível educacional:

  • Sem instrução: 26,7 anos
  • Ensino superior completo: 30,7 anos

📌 Impactos e projeções

Segundo o IBGE, o número de nascimentos afeta diretamente o envelhecimento da população, a pirâmide etária e o crescimento populacional. O Brasil caminha para uma transição demográfica avançada, com envelhecimento acelerado e desafios sociais e econômicos que acompanham essa mudança.

“A mulher com mais escolaridade sabe melhor onde procurar métodos contraceptivos, se assim quiser. Ela vai saber fazer suas escolhas de forma mais consciente”, destaca Izabel Marri, gerente de estudos demográficos do IBGE.

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