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Lula reforça assinatura do Acordo Mercosul-União Europeia no segundo semestre de 2025 em Paris

Presidente Lula e secretário do MDIC destacam em Paris a importância do acordo Mercosul-UE para impulsionar comércio, sustentabilidade e integração entre Brasil e França.

Por Karol Peralta

Durante visita oficial à França nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a intenção de assinar o aguardado Acordo Mercosul-União Europeia ainda no segundo semestre de 2025, quando o Brasil exercerá a presidência do bloco sul-americano. A declaração foi feita durante reunião bilateral com o presidente francês Emmanuel Macron, em Paris.

“É a melhor resposta que nossas regiões podem dar diante do cenário de incertezas criado pelo retorno do unilateralismo e protecionismo tarifário”, declarou Lula, ressaltando o valor do multilateralismo e da cooperação internacional.

O posicionamento foi reforçado por Márcio Elias Rosa, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que integrou a comitiva presidencial na capital francesa. Rosa participou do Fórum Econômico Brasil-França, realizado na última sexta-feira (6), também em Paris.

🌍 Integração econômica e sustentabilidade

Segundo o secretário, o acordo entre os dois blocos é vital para fortalecer as relações econômicas entre Brasil e Europa. “A construção das soluções passa necessariamente pelo diálogo, por saber ouvir, por conhecer as demandas e encontrar soluções compatíveis com o resultado que nós queremos chegar: o desenvolvimento econômico, a sustentabilidade ambiental e a geração de emprego e renda”, afirmou.

Rosa também defendeu o fortalecimento da presença empresarial brasileira na França, ressaltando que a integração das cadeias produtivas é um passo essencial. Atualmente, a França é um dos maiores investidores estrangeiros no Brasil, com um estoque de US$ 66 bilhões.

Durante o fórum, um grupo de 15 grandes empresários franceses com atuação no Brasil anunciou planos de investir R$ 100 bilhões até 2030, nos setores de energia, infraestrutura, indústria e inovação.

📊 Comércio Brasil-França ainda pode crescer

Em 2024, as exportações brasileiras para a França somaram quase US$ 3 bilhões, enquanto as importações superaram US$ 6 bilhões, totalizando um fluxo comercial de US$ 9,15 bilhões — um crescimento de 8,5%.

Apesar dos números positivos, Rosa destacou que ainda há muito espaço para crescer: “Esse fluxo está aquém do potencial dos dois países, principalmente no setor industrial”.

O Ministro Delegado do Comércio Exterior da França, Laurent Saint-Martin, também reforçou a necessidade de ampliar os investimentos bilaterais. Ele virá ao Brasil ainda neste mês, acompanhado de uma delegação empresarial.

🔋 Nova Indústria Brasil e descarbonização

Outro ponto de destaque no discurso de Rosa foi a defesa da Nova Indústria Brasil (NIB), que aposta na produção com baixa emissão de carbono como diferencial competitivo.

“Poucos países permitem produção industrial com menor emissão de gases de efeito estufa como o Brasil. Um painel solar produzido aqui emite 80% menos CO₂ do que em outros locais”, afirmou.

Ele reforçou que a integração produtiva entre Brasil e França pode gerar resultados expressivos tanto no enfrentamento da emergência climática quanto no aumento da competitividade internacional.

🤝 Cooperação institucional

Durante a visita, foram assinados sete atos de cooperação bilateral em áreas como saúde, transporte marítimo, energia e bioeconomia. Um dos destaques foi o Memorando de Entendimento (MoU) entre a ApexBrasil e a Business France, com foco na promoção de exportações e internacionalização de empresas brasileiras.

O acordo prevê ainda ações conjuntas de inteligência de mercado, promoção comercial e fortalecimento de fluxos de investimentos entre os dois países.

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