Dados do INPE mostram redução expressiva do desmatamento no Pantanal entre agosto de 2024 e abril de 2025; Cerrado e Amazônia também registram quedas, mas com alerta para alta em abril.
Por Karol Peralta
O desmatamento no Pantanal teve uma queda expressiva de 75% entre agosto de 2024 e abril de 2025, em comparação com o mesmo período entre 2023 e 2024. Os dados são do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e foram divulgados nesta quinta-feira (8) pelo Governo Federal.
Segundo o levantamento, o mês de abril de 2025 não registrou nenhuma área de incêndio no bioma, o que representa um marco importante na luta pela preservação ambiental da região.
Além do Pantanal, o Cerrado e a Amazônia também apresentaram quedas no desmatamento no mesmo período: 25% e 5%, respectivamente. No entanto, o governo alerta para um aumento pontual do desmatamento em abril, que foi de 55% na Amazônia e 26% no Cerrado, comparado ao mesmo mês de 2024.
Durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, explicou que os números ainda são positivos no acumulado, mas que ações de reforço estão em curso:
“No acumulado desses primeiros meses, temos uma queda do desmatamento, ainda que pequena, mas em função de abril, nós queremos fazer todos os ajustes necessários nas ações, de forma transparente e comprometida. Nosso compromisso é promover uma queda constante e estruturada do desmatamento.”
Planos de Ação para todos os biomas
O secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), André Lima, também anunciou a aprovação dos Planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas na Mata Atlântica e no Pampa.
“São os dois planos que faltavam. Agora, o Brasil tem, pela primeira vez, planos de prevenção e controle dos desmatamentos para todos os biomas”, celebrou.
Esses novos planos se somam aos já existentes para Amazônia (PPCDAm), Cerrado (PPCerrado), Caatinga (PPCaatinga) e Pantanal (PPPantanal), fortalecendo o compromisso nacional com a conservação ambiental e o enfrentamento às mudanças climáticas.
Monitoramento contínuo
O Governo Federal reafirma o compromisso com o monitoramento contínuo e transparente dos biomas, com foco na redução definitiva do desmatamento ilegal e no combate aos crimes ambientais. A atuação integrada de órgãos ambientais, Polícia Federal, Forças Armadas e Ministério da Justiça continua sendo parte essencial dessa estratégia.
