
Descubra os lugares que ajudam a contar a trajetória de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, marcada por diversidade cultural, imigrantes e desenvolvimento.
Por Karol Peralta
Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, é uma cidade formada pela pluralidade cultural, resultado de ondas migratórias que vieram de diferentes partes do Brasil e do mundo. Japoneses, libaneses, italianos, gaúchos, paulistas e mineiros moldaram a identidade do campo-grandense e contribuíram para o desenvolvimento da cidade que hoje se destaca como polo regional no Centro-Oeste brasileiro.
Para quem deseja conhecer a história de Campo Grande, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur) preparou um roteiro com 11 pontos turísticos, todos localizados na região central da cidade. O passeio oferece uma verdadeira imersão histórica e cultural pela capital, com atrações que incluem desde casarões centenários até mercados tradicionais e monumentos emblemáticos.

1. Casa do Artesão
Instalada em um prédio centenário, a Casa do Artesão é referência em artesanato regional. Lá, o visitante pode adquirir souvenirs e peças produzidas por artistas locais, além de conhecer a história do edifício, que já abrigou o Banco do Brasil. Um dos destaques é o antigo cofre da instituição, ainda preservado.

2. Morada dos Baís
Primeiro sobrado de alvenaria de Campo Grande, a Morada dos Baís foi residência da família Baís e abriga hoje um espaço cultural com exposições, shows e um museu dedicado à artista Lídia Baís. O prédio é tombado como Patrimônio Histórico Municipal desde 1986.

3. Obelisco
Símbolo da fundação da cidade, o Obelisco está localizado na Avenida Afonso Pena e homenageia os pioneiros da capital. Com projeto do engenheiro Newton Cavalcante, foi inaugurado em 1933 e é um dos monumentos mais tradicionais da cidade.

4. Estátua de Manoel de Barros
Na mesma avenida, entre as ruas Rui Barbosa e Pedro Celestino, está a estátua do poeta Manoel de Barros, um dos maiores nomes da literatura sul-mato-grossense. A escultura, em tamanho real, convida os visitantes a “conversar” com o poeta em um agradável jardim.

5. Relógio Público e Monumento Renato Barbosa Rezende
Um dos pontos mais conhecidos da cidade, o Relógio Central foi reconstruído como homenagem ao original da Rua 14 de Julho, de 1933. Hoje, o local é símbolo do progresso e da identidade campo-grandense.

6. Praça Ary Coelho
A Praça Ary Coelho foi construída onde existia o primeiro cemitério da cidade. Desde então, passou por diversas reformas e recebeu o nome atual em homenagem ao prefeito assassinado em 1952. O espaço conta com estátuas, jardins, áreas de lazer e a Biblioteca Municipal.

7. Santuário Perpétuo Socorro
Inspirado na arte bizantina da Basílica de Santo Apolinário, o Santuário foi construído em 1939 e se tornou referência religiosa e arquitetônica. Em 1999, recebeu o título de Santuário e, em 2017, a padroeira passou a ser oficialmente reconhecida como a padroeira de Mato Grosso do Sul.

8. Feira Central
Mais conhecida como Feirona, a Feira Central é parada obrigatória para quem deseja saborear o tradicional sobá, declarado patrimônio imaterial de Campo Grande. Além da gastronomia, o espaço oferece artesanato e hortifrutigranjeiros. Funciona de quarta a domingo.

9. Mercadão Municipal
O Mercado Municipal Antonio Valente oferece uma imersão gastronômica e cultural. De ervas para tereré a peixes e doces regionais, o espaço é um ponto de encontro entre moradores e turistas que querem explorar os sabores da região.

10. Praça dos Imigrantes
A Praça dos Imigrantes simboliza a contribuição dos povos que ajudaram a construir Campo Grande. Atualmente, funciona também como feira de artesanato, com 30 lojas abertas ao público de terça a sábado, além de promover eventos culturais regulares.
11. Monumento ao Relógio da Rua 14 de Julho
Réplica do antigo relógio da esquina mais famosa da cidade, na Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena. O local remete a décadas de encontros, manifestações e comemorações populares que marcaram a história da cidade.

12. Bioparque Pantanal
Inaugurado em 28 de março de 2022, o Bioparque Pantanal já se firmou como um dos principais pontos turísticos de Mato Grosso do Sul e uma referência internacional em educação ambiental, conservação de espécies, inclusão e inovação científica. Vinculado à Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (SEGOV), o empreendimento é considerado o maior aquário de água doce do mundo, tanto em estrutura quanto em diversidade.
Localizado em Campo Grande (MS), o espaço impressiona por sua grandiosidade: são 21 mil metros quadrados de área construída, abrigando mais de 5 milhões de litros de água distribuídos em 239 tanques, dos quais 31 são dedicados à exposição pública. Ao todo, o Bioparque conta com 453 espécies de animais, incluindo peixes, répteis e invertebrados que representam os principais biomas brasileiros — com destaque especial para o Pantanal.
💡 Mas o Bioparque Pantanal vai muito além da contemplação. O local foi pensado para unir ciência, lazer e cidadania em um mesmo espaço, promovendo a popularização do conhecimento científico de forma acessível a todos os públicos.
Visitar esses pontos turísticos é uma forma de vivenciar a identidade de Campo Grande, respeitando a memória de quem ajudou a construir a capital. O passeio pode ser feito a pé e é ideal tanto para turistas quanto para moradores que desejam redescobrir a cidade com um novo olhar.