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Matrículas de alunos com autismo crescem 44% na educação básica em 2024, aponta Censo Escolar

Número de estudantes com transtorno do espectro autista chega a quase 1 milhão; inclusão escolar é prioridade do MEC, que quer salas de recursos em todas as escolas até 2026

Por Karol Peralta

O número de alunos com transtorno do espectro autista (TEA) matriculados na educação básica brasileira teve um crescimento expressivo de 44,4% entre 2023 e 2024. O dado é do Censo Escolar 2024, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Inep neste mês de abril. O total de estudantes com TEA passou de 636.202 para 918.877 em um ano.

A divulgação dos dados ocorreu durante coletiva de imprensa no dia 9 de abril, na sede do MEC, em Brasília. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, os números refletem o compromisso da pasta com a educação inclusiva. “O fortalecimento da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da inclusão é uma estratégia do ministério”, afirmou.

🏫 Sala de recursos para todas as escolas até 2026

Durante a apresentação, Camilo Santana também reforçou a meta de que todas as escolas brasileiras contem com salas de recursos multifuncionais até 2026. “Nosso objetivo é que nenhuma escola fique sem essa estrutura de apoio à inclusão”, destacou.

Essas salas são espaços pedagógicos especializados, com equipamentos e materiais adaptados, voltados ao atendimento de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento — como o autismo — e altas habilidades ou superdotação.

📈 Inclusão em números

De acordo com Carlos Eduardo Moreno, diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, a educação especial no Brasil tem se tornado cada vez mais inclusiva. “A escola está aprendendo a identificar melhor os estudantes com TEA, o que reflete esse aumento nas matrículas”, explicou.

Além do crescimento entre alunos com autismo, o Censo Escolar 2024 revela que o número total de matrículas na educação especial subiu de 1,8 milhão para 2,1 milhões, um aumento de 17,2% em apenas um ano.

📌 Na série histórica iniciada em 2020, o crescimento chega a 58,7% no número de alunos com necessidades especiais matriculados na rede de ensino.

👩‍🏫 Aumento da inclusão nas classes comuns

Um dado relevante apontado pelo Censo é a inclusão desses estudantes em classes comuns, ou seja, em turmas regulares junto aos demais colegas. Para a faixa etária de 4 a 17 anos, esse percentual subiu de 93,2% em 2020 para 95,7% em 2024.

O ensino médio é o segmento que apresenta o maior índice de inclusão em turmas regulares, revelando um avanço nas estratégias de acolhimento ao longo da trajetória escolar.

🧠 Censo Escolar: base para políticas públicas

O Censo Escolar é a principal pesquisa estatística da educação básica no Brasil. Realizado pelo Inep, em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de educação, o levantamento contempla instituições públicas e privadas de todo o país.

As informações levantadas servem de base para o repasse de recursos federais, elaboração de políticas educacionais, planejamento de avaliações nacionais e o monitoramento de metas do Plano Nacional de Educação (PNE).

Entre os indicadores derivados do Censo estão o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), as taxas de rendimento e fluxo escolar, além da distorção idade-série.

“Os dados mostram que o Brasil está caminhando na direção certa, com mais crianças e jovens sendo incluídos no sistema regular de ensino”, concluiu Camilo Santana.

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