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Inflação desacelera em março e alivia orçamento de todas as faixas de renda no Brasil

Recuo nos preços da energia elétrica e transportes reduz pressão inflacionária para famílias de baixa renda, segundo Ipea

Por Karol Peralta

A inflação deu sinais de desaceleração no mês de março e trouxe alívio para o bolso dos brasileiros de todas as faixas de renda. De acordo com o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta quarta-feira (16), houve recuo na taxa de inflação em relação a fevereiro, com destaque para as famílias de renda muito baixa.

Para esse grupo, a inflação caiu de 1,59% em fevereiro para 0,56% em março. Já entre as famílias de renda alta, a variação foi de 0,9% para 0,6% no mesmo período. Os dados reforçam uma tendência de alívio inflacionário, especialmente para os grupos mais vulneráveis da população.

Energia elétrica e transporte puxam queda

O principal fator que contribuiu para essa desaceleração foi a estabilidade nas tarifas de energia elétrica. Em fevereiro, a variação dos preços nesse setor foi de 16,8%, mas caiu para apenas 0,12% em março. Isso representou um grande impacto positivo no orçamento das famílias de menor renda, que destinam uma fatia maior de sua renda a esse tipo de despesa.

Além disso, o recuo nos preços das passagens de ônibus urbano (-1,1%) e do metrô (-1,7%) também colaborou para o alívio percebido no custo de vida. Como o transporte público é mais utilizado pelas classes de renda mais baixa, essa queda teve peso significativo.

Famílias de alta renda também sentiram alívio

Entre os grupos de maior renda, a principal contribuição para a queda da inflação veio do setor de educação. Isso porque, em fevereiro, foi registrado o impacto dos reajustes das mensalidades escolares — algo que não se repetiu em março, o que reduziu a pressão sobre o índice geral para essa faixa.

Acumulado em 12 meses mostra inflação menor para os mais pobres

Quando se analisa o acumulado dos últimos 12 meses, a inflação para a faixa de renda muito baixa ficou em 5,24%, enquanto as famílias de renda alta enfrentaram uma taxa um pouco mais elevada, de 5,61%. Isso reflete como o comportamento dos preços tem afetado de maneira diferente os grupos sociais.

Alimentos ainda pressionam inflação

Apesar da boa notícia geral, o grupo “alimentos e bebidas” teve variação positiva em março. Alguns itens básicos da alimentação brasileira, como arroz (-1,8%), feijão-preto (-3,9%), carne (-1,6%) e óleo de soja (-2,0%), registraram queda nos preços. No entanto, outros produtos apresentaram forte alta: ovos (13,1%), café (8,1%), leite (3,3%) e tomate (22,6%).

Esse aumento parcial comprometeu o desempenho do setor de alimentos, que segue sendo um dos mais sensíveis para o orçamento das famílias brasileiras, sobretudo para aquelas com menor poder aquisitivo.

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