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Queimadas no Pantanal caem 86% no 1º trimestre de 2025, revela MapBiomas

Relatório do MapBiomas aponta forte queda nas áreas atingidas pelo fogo no Pantanal, mas especialistas alertam que clima ainda é fator determinante e temporada seca pode reverter o cenário.

Por Karol Peralta

O Pantanal registrou uma queda expressiva de 86% nas áreas queimadas durante o primeiro trimestre de 2025. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (16) pelo relatório trimestral do Monitor do Fogo, projeto do MapBiomas, que monitora os focos de incêndio em todo o país.

Foram queimados 10,9 mil hectares entre janeiro e março, uma redução de 70,4 mil hectares em comparação com o mesmo período de 2024. Na época, o bioma enfrentava uma das piores temporadas de fogo desde 2020.

🌧️ Clima ainda é o principal fator

Apesar do avanço, especialistas alertam que a redução ainda não pode ser atribuída totalmente às ações preventivas. Para Márcio Yule, coordenador do Prevfogo/Ibama em Mato Grosso do Sul, o clima teve papel determinante:

“Está muito cedo para dizer que é resultado de ações preventivas. Em 2025, mesmo com chuvas irregulares, o tema tem sido debatido desde janeiro por instituições públicas, privadas e a sociedade civil organizada.”

📅 Ao longo dos últimos meses, ações importantes foram promovidas, como o Seminário Internacional de Manejo Integrado do Fogo, Dias de Campo com fazendeiros e reuniões com os governos de MS e MT para construção de um plano conjunto de prevenção e resposta.

👩‍🚒 O número de brigadistas também aumentou. Em 2021 eram 110. Neste ano, o total subiu para 187 brigadistas apenas em Mato Grosso do Sul, o que fortalece a capacidade de resposta aos focos de incêndio.

🌍 Avanços e desafios

Embora o resultado seja positivo, o relatório mostra que 78% da área queimada no Brasil em 2025 ainda é composta por vegetação nativa. No Pantanal, as formações campestres continuam sendo as mais afetadas, ainda que em menor proporção neste trimestre.

Outros biomas também apresentaram melhoras:

  • Caatinga: queda de 8% nas áreas queimadas
  • Cerrado: aumento de 12%, o que acende um alerta sobre a dinâmica regional do fogo

🚨 Para a diretora de Ciência do IPAM e coordenadora do MapBiomas Fogo, o momento é de atenção:

“A estação seca de 2025, que se aproxima, ainda pode ser intensa. A redução atual é importante, mas não podemos relaxar na vigilância e na gestão integrada do fogo.”

🔍 Foco na gestão, não só no combate

Márcio Yule reforça que o conceito de “gestão do fogo” precisa substituir a lógica de apenas combater incêndios.

“A sociedade está mais alerta. Temos que falar mais sobre gestão do fogo e menos sobre incêndios florestais. A prevenção é o caminho mais eficaz.”

📌 A redução das queimadas no Pantanal é, sem dúvida, um alívio ambiental e social, mas os riscos permanecem. O cenário exige articulação constante entre governos, produtores rurais, cientistas e comunidades locais para preservar um dos biomas mais importantes do planeta.

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